terça-feira, 14 de maio de 2024

Mesma energia

Os condutores da última eleição presidencial se orgulharam de derrotar o bolsonarismo, mas sua parcialidade se estendeu à programação das urnas eletrônicas? Segundo a Quaest, 35% das pessoas acreditam que elas foram fraudadas e 56% não. Um resultado próximo do 33x59 obtido meses atrás pela A Cara da Democracia (ACDD).

Mas a ACDD quis saber qual era o nível de credibilidade geral das urnas, detectando que 63% têm dúvidas sobre o sistema e, portanto, pensam que ele pode ser fraudado (33/35% acham que isso ocorreu em 2022 e 30/28% acham que não). 31% acreditam que as urnas são totalmente confiáveis e 6% não têm opinião.

Guarde esses números 63x31x6.

A Quaest também verificou que 56% dos entrevistados pensam que Xandão passou dos limites enquanto 27% dizem que não. A curiosidade dessa questão é a altíssima abstenção de 17%, que pode ser explicada pelo receio de opinar sobre alguém que mandou prender tanta gente sem motivo.

Isso nos permite fazer um exercício, supondo que os que realmente não têm opinião são os mesmos 6% de antes e dividindo os 11% restantes na mesma proporção dos que responderam. O resultado é um acréscimo de 7,42 para o sim (Xandão abusou) e 3,58 para o não. Ou 7 e 4 em números inteiros.

Somando esses números aos iniciais chegamos a 63% (56+7) para o sim e 31% (27+4) para o não, percentuais idênticos aos obtidos na questão das urnas. Embora a coincidência entre eles não seja integral, é evidente que os grupos formados nos dois casos possuem a mesma energia e podemos resumir o assunto afirmando que:

63% pensam que as urnas podem ser fraudadas e Xandão abusou.

31% acreditam nas urnas e no Xandão.

Observe-se ainda que o último percentual é quase idêntico ao dos que acreditam no golpe das velhinhas, na responsabilidade fiscal do desgoverno, na seriedade do arcabouço, na inocência do bandido barbudo e asneiras similares. Ou seja, os que acreditam nas urnas e no Xandão são basicamente os debiloides da população.

Bateu medinho?

Pois não é que bastou a jornalista e deputada Maria Salazar levantar a possibilidade dele sofrer sanções pessoais para o Xandão desistir da nova boca livre em Nova York? Comentei ontem, mas repito aqui: imagina ele descendo da viatura algemado e o Gengivão dando risada na calçada da delegacia.

Logo agora que eu fui honesta!

A Fofão inventou que o "grupo da USP" que é não é da USP teria dito que as pessoas estavam espalhando "desinformação" sobre a ação dos civis no Sul. Uma integrante do grupo, conhecida por ter perseguido desonestamente a direita até há pouco, reclamou. A Fofão a ofendeu via zap. E a moça acabou perdendo a boquinha.

O interessante é que ela saiu dando uns tirinhos (contra a obesa e a Janja) e sugerindo que tem munição para mais. Salientou que depende do trabalho para sustentar a filha e lamentou que tenha sido punida logo agora que agiu com profissionalismo e isenção. As insinuações estão no ar, quem sabe não sai mais alguma coisa daí?

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