No melhor estilo 247, para quem o jornalista exilado Paulo Figueiredo é apenas o "neto do ditador", a Folha noticiou que o deputado Eduardo Bolsonaro encontrou-se na Europa com a "neta do ministro de Hitler", uma parlamentar alemã que já foi assim tratada quando esteve no Brasil.
O jornal não a chama de nazista nem diz que Bolsonaro é adepto dessa ideologia. Mas a sua intenção, todos sabemos, é alimentar o esquerdista que estabelecerá essas associações por conta própria e passará a divulgá-las na internet. O que é um absurdo em pelo menos três sentidos.
Os nazistas foram incorporados
Ao humilhar a Alemanha após a derrota na Primeira Guerra Mundial, os aliados ganharam a Segunda de presente. Ao final desta, com a lição aprendida e a ameaça do comunismo soviético, castigaram apenas os líderes e seus seguidores mais cruéis, auxiliando os demais e seus países a se reerguerem.
Num exemplo entre muitos, Werner Von Braun, responsável pelos foguetes que aterrorizaram Londres, se tornou o herói da chegada do homem à Lua. E se não há sentido em recordar seu passado nazista, imagine se haveria em estender esse opróbrio a seus filhos e aos filhos destes.
A Folha se escandaliza seletivamente
Os nazistas criaram uma marca inigualável, são a Coca-Cola das ditaduras malvadas. Mas o mundo está repleto de Pepsis e Dollys em plena atividade. E a Folha costuma noticiar encontros de políticos brasileiros com representantes de regimes que continuam a oprimir suas nações como se fossem contatos normais.
Basta pensar na sexagenária ditadura cubana, a mais longeva e assassina das Américas, vista como alguém da família pelos lulopetistas e pela grande maioria da esquerda brasileira. Ganha um refrigerante grátis quem encontrar um artigo da Folha em que essa cumplicidade é escandalizada.
Qualificar pessoas por seus genes é...
Dentre todas as tragédias do nazismo está a dos judeus que haviam abandonado as tradições de seus antepassados e se consideravam apenas cidadãos de seus países. Muitos haviam se tornado até ateus, mas isso não os salvou. Para os nazistas eles eram judeus porque tinham sangue judeu, ascendência judaica.
A Folha age do mesmo modo quando, em toda reportagem sobre a parlamentar alemã, destaca sua condição de neta de ministro hitlerista. É verdade que seus jornalistas não podem enviá-la para um campo de concentração, mas é inegável que eles a discriminam por sua ascendência, por ter o sangue errado.
Não lhe basta tratar Bolsonaro e seus eleitores como uma espécie de raça a ser extirpada. Como o 247 e boa parte da atual imprensa brasileira, a Folha qualifica (e sub-repticiamente condena) certas pessoas por seus genes. Nada pode ser mais nazista que isso.
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