Todo mundo com medo da inteligência artificial e a nova fase das fake news se baseia, quem diria, na exploração ainda mais descarada dos desprovidos da natural. O sujeito chama quem disse a verdade de mentiroso, os fatos o desmentem, ele chama seus amigos para insistir que não mentiu. E tem palerma que é capaz de acreditar.
No caso, a sujeita. Num tom extremamente agressivo, típico da sua colega mais fornida de carnes, uma militante da Globo News acusou o influencer (ou seja lá o que ele for) Pablo Marçal de lançar a "fake news" de que a ANTT estava parando caminhões com doações para os desabrigados das enchentes do Rio Grande do Sul.
Marçal reagiu, comprovando o que dizia com vídeos de caminhoneiros, uma declaração do governador de Santa Catarina e uma reportagem do SBT. Mas, ao invés de se retratar, a Globo se juntou ao Governo Federal e outros veículos a ele subordinados para insistir que verdade é o que eles dizem, não o que realmente acontece.
Governo, Folha, Estadão, Bandeirantes, todos entraram num frenesi que só diminuiu quando o SBT, sabe-se lá sob quais pressões, apagou sua reportagem. O que sugere que o desespero estava no fato desta impedir que a luta de versões fosse apresentada como uma disputa entre "a turba da internet" e a "imprensa profissional".
Depois a própria ANTT confirmou as denúncias ao ordenar que caminhões com auxílio não fossem parados e suas multas fosse anuladas, algo desnecessário se os caminhoneiros e o governador estivessem mentindo Mas isso é óbvio para quem consegue raciocinar, o gado descerebrado só acredita no que lhe mandam acreditar.
Percentual indefinido
Como poderia ser desmentida por autoridades estrangeiras que não se submetem às pressões locais, a Folha se recusou a mentir no caso da ajuda oferecida pelo Uruguai. O desgoverno tentou o mesmo truque, chamando de fake a notícia de que havia recusado a oferta, mas o jornal se viu obrigado a dizer que o mentiroso era ele.
A realidade é que o desgoverno aceitou uma mínima parte, mas ninguém disse que ele tinha recusado 100%. Ou que ele parou todos os caminhões. Pode até haver um truque retórico nesses casos, mas foi a imprensa quem tornou normal se referir a "leitores", "estudantes" e outros sem especificar o tamanho da amostra em relação ao total.
Senhora mentira
Como o Luciano Hang não é estrangeiro e o desgoverno o detesta, a Folha compensou a sinceridade do caso anterior atacando-o com a mesma tática da coleguinha televisiva, lançando a fake de que uma verdade era fake. Mas com outra novidade, uma esperteza a mais.
Corria pela internet a notícia de que o careca do bem estava auxiliando os desabrigados com mais aviões do que o desgoverno. E a Folha quietinha. Pressionado pela desmoralização, o desgoverno colocou mais aeronaves e ultrapassou o número das do Hang. E aí a Folha apareceu para chamar os posts sobre a sua vantagem de mentirosos.
Quer dizer, é como esperar a moça casar para acusar quem a tratava como senhorita na época de solteira. Mas, de novo, lembre que isso é óbvio para você, pessoa normal que consegue raciocinar, o gado imbecilizado comprará a mentira dos que o manipulam sem pestanejar.
Percentual crescente
Percebe-se que a grande preocupação do desgoverno não é com as enchentes, mas em usá-las, ainda por cima desonestamente, para acusar seus adversários de disseminar fake news e entronizar a censura nas redes. O que é ruim, mas tem um lado positivo na medida em que mais pessoas vão tomando consciência de quem ele realmente é.
Como vimos ontem, 61% dos brasileiros já entende que a nossa liberdade está sob ameaça. E parte dos demais só não deve ter prestado muita atenção ao assunto, mas acabará por acordar. No fim só não mudarão os palermas completos, que gostam de ser censurados, acreditam bovinamente nas "autoridades" e coisa e tal.
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