Acuse-os do que você faz

Se fosse de uma empresa, quem investisse nela teria ficado milionário. Mas estamos falando de uma ação política, do movimento dos deputados brasileiros que se juntaram a alguns exilados e decidiram denunciar o que está acontecendo no Brasil a parlamentares e jornalistas da Europa e dos EUA.

Quem diz que essa ação se valorizou rapidamente não sou eu, são seus adversários. Há pouco tempo eles riam dos coitados que não conseguiam mais que uma entrevista na escadaria do Capitólio. Mas agora tudo mudou e os esquerdistas passaram a dizer que os caras formaram uma "internacional fascista".

Ainda de acordo com a esquerda, a situação é preocupante. Tanto que o próprio persona non grata quer utilizá-la para voltar à cena externa, desta vez reunindo o Macron e outros dirigentes de países democráticos para discutir estratégias capazes de barrar o crescimento da terrível extrema direita.

E enquanto Macron não responde, eles se movimentam. Depois de ridicularizarem os contatos com congressistas americanos, senadores e deputados subordinados ao lulopetismo formaram uma comissão para buscar apoio dos seus colegas estadunidenses de extrema esquerda.

Quem paga a viagem não é o erário, é o Instituto Vladimir Herzog. O que parece estranho, pois um instituto com esse nome deveria ser contrário à censura, às prisões arbitrárias e à morte de prisioneiros. Mas, deixando isso de lado, de onde o IVH tira dinheiro para bancar as despesas dos defensores da atual ditadura?

Fomos dar uma olhadinha nos seus patrocinadores. Tem algumas coisas inesperadas como duas secretarias da Prefeitura de SP (Educação e Direitos Humanos), no que talvez seja uma herança da administração tucana. Tem a Klabin, que talvez também esteja lá por antigos laços. Tem o Itaú Cultural, tem o Google (?).

Mas os nomes que nós esperávamos encontrar não nos decepcionaram. Ao lado de patronos como o governo petista, o lacrador governo do Canadá e outros, lá estavam os de sempre: Luminate, OAK Foundation e a indefectível Open Society.

Esses sim comandam uma internacional muito bem organizada e ramificada. De órgãos inteiros da ONU a pilantragens como a ONG do Sakanamoto e o Sleeping Giants, não falta quem trabalhe para essa meia dúzia de miliardários cuja agenda não é segredo para ninguém: aborto livre, censura e controle da comunicação, controle político dos países entregue a pequenos grupos etc.

Assim, ao inventar a "internacional fascista" eles estão apenas utilizando o velho truque de acusar o adversário de fazer o que fazem. Resta aos acusados dar o troco e elevar a aposta, mostrando que situações como a que estamos vivendo não surgiram do nada e dando nome a quem está puxando os cordões dos fantoches nos bastidores.

"Chame-os do que você é, acuse-os do que você faz." Dizem que a frase não é realmente do Lênin, mas tudo bem, ele serve para ilustrá-la.