Modelo supremo de todo esquerdista que pretende impor sua ditadura através do aparelhamento das mais altas instâncias do Poder Judiciário e da mais desavergonhada deturpação das leis, a Venezuela bolivariana inventou outra novidade para a eleição deste ano.
Tornar o cargo de prefeito decorativo e nomear interventores para manter o controle de cidades importantes contra a vontade dos seus eleitores foi lá no começo, ainda com o Chavez. Decretar a inelegibilidade de candidatos à presidência por motivos ridículos como expor sua opinião para dignitários estrangeiros também já era.
A onda agora é tomar conta do partido. Os integrantes do seu TSJ (Tribunal Supremo de Justiça) inventam uma desculpa qualquer e entregam a presidência da agremiação que lhes interessa a um assecla que passa a gerenciá-la como bem entender, inclusive fazendo ou desfazendo coligações.
E assim eles vão, sempre tentando manter as aparências, nunca deixando de fazer eleições. Nessa toada, é possível que o próximo passo seja criar um órgão que, a exemplo do Conselho dos Guardiães do Irã, determine, por critérios bastante particulares, quem pode ou não ser candidato.
Não digo isso por acaso, a tendência é mundial. Basta ler os jornais, mesmo nos países mais democráticos não falta quem defenda a exclusão de candidatos "populistas" para manter a pureza democrática. Quem é populista, quem definiria isso? Eles não explicam bem essa parte, mas a ideia é a mesma do aiatolás.
Não creio, no entanto, que os bolivarianos partam para o modelo cubano de candidatura única. E também é mentira, calúnia da oposição, que o supremo da Venezuela tenha usado o seu regimento interno para censurar a internet. Eles deturpam as leis, mas não chegariam a fazer algo tão primário e escandaloso.
Jornais nervosos
Esse negócio de se equilibrar entre a possibilidade de desmoralização internacional e o PIX governamental está fazendo mal para o Ex-tadão. Um dia ele parece estar se regenerando, no outro lança editoriais como o de hoje, em que tenta negar que, como foi denunciado no ato de Copacabana, estamos numa ditadura do Judiciário.
Sem argumentos decentes o editorialista logo sai pela tangente, acusando as vítimas ao estilo Hitler contra os judeus ou Stalin contra os burgueses. Nessa versão, alguns excessos teriam sido necessários para conter os bolsonaristas, que falam em liberdade da boca para fora, mas a querem só para eles.
Só faltou o jornal mostrar alguma tentativa ou proposta de Bolsonaro para censurar a internet e punir as mentiras contadas por seus adversários. Nem seus eleitores aprovariam isso, basta pensar nas pessoas que conhecemos ou ler o que se escreve nas redes para verificar que a defesa da censura cabe invariavelmente aos petistas.
É muita mentira e desinformação, muita cara de pau, nossa imprensa se transformou na fonte do mal que diz combater. E é essa gente desonesta que gostaria de formar nosso Conselho de Guardiães.
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