quinta-feira, 21 de março de 2024

Tudo pela emoção

Todo mundo deve ter conhecido gente assim, eu me lembro de dois irmãos, sócios dos negócios que haviam herdado do pai no ramo de combustíveis. Um patrimônio fantástico, várias dezenas de postos e terrenos com espaço para instalá-los, poderiam viver como reis se apenas locassem tudo.

Mas não era desse modo. Você chegava a um posto e um dos caras estava estendendo um envelope para alguém da polícia no cantinho. No outro dia o posto estava sendo fechado pela fiscalização de combustível adulterado. No terceiro o sujeito havia sido preso por atrasar a pensão da ex-mulher.

Era só rolo, correria, multas, advogados, processos... Mesmo privilegiando o aspecto financeiro, valeria a pena? Contando tudo, não seria mais lucrativo seguir as regras? Talvez fosse, concluímos eu o amigo que os conhecia melhor, mas eles só se sentiam bem daquele modo, deviam achar que a vida seria chata sem aquela emoção.

Ontem tivemos outro exemplo desse tipo de comportamento. O sujeito não gostou dos móveis oficiais e quer colocar outros? Não tem problema, é só trazer os próprios móveis de casa (como Bolsonaro fez) e levá-los quando for embora. Se os de casa também não lhe agradam, compre novos com o seu dinheiro.

Recursos não lhe faltariam. E nem estou falando do dinheiro grosso, das comissões dos esquemas multibilionários que apavoraram o Obama, escondidas mundo afora. Tem muito mais. Só de palestras fajutas ele arrecadou dezenas de milhões que estão limpinhos e não lhe fazem falta alguma.

Mas para que agir honestamente quando se pode ser desonesto? Cadê aquela satisfação psicopata primordial de afanar a graninha na gaveta do sindicato e ainda jogar a culpa em quem agiu corretamente? Cadê o gosto de se saber o espertão que enganou mais alguém? Não é pelo dinheiro, é pela emoção.

Chega mais

E o Chega venceu de novo, agora fora de Portugal. Na eleição para os quatro representantes escolhidos por residentes em outros países, o partido que a imprensa esquerdista chama de ultradireitista conquistou a metade, aumentando sua bancada para 50 deputados.

5.212 de seus novos votos vieram do Brasil, onde só a centrista AD obteve um pouco mais (5.282) e o esquerdista PS ficou bem atrás, com 3.281 votos.

Outra boa notícia foi a não eleição de Augusto Santos Silva, ex-presidente do Parlamento que sempre defendeu o mentiroso que escondeu os móveis para desperdiçar mais um pouco de dinheiro público.


Nenhum comentário:

Postar um comentário