Trump na verdade é pobre. Foi só o que faltou a Lúcia Guimarães, que vive em Nova York desde 1343, dizer. O cara, segundo ela, é um "bilionário do mundo da fantasia" que há 40 anos tenta se mostrar mais do que é, mentindo impunemente sobre inúmeros fatos comprováveis por números.
Pra começar, chique em NY é ser parte dos 18% que vivem na pequena ilha de Manhattan, diz a antiga integrante do Manhattan Connection. E o Laranjão era uma espécie de playboy caipira do Queens, um "ressentido" - nem precisava dizer, Lúcia, quem não é de esquerda é ressentido - que sonhava em se juntar aos bacanas.
Um dia ele herdou os milhões do pai empreiteiro, cruzou a ponte para tentar realizar seu sonho dourado, passou a poluir a ilhota com seus empreendimentos... e começou a mentir. Sobre tudo, o número de andares de seus prédios, a metragem total de sua cobertura e, principalmente, o valor de sua fortuna.
Nada que não fosse percebido desde sempre pelos bem pensantes como Lúcia, que o tratavam como "um bufão, o outsider tentando ser aceito pelas elites". Teve até um jornalista amigão da Lúcia, Tim O'Brien, que escreveu um livro mostrando que seus alegados bilhões não passavam de US$ 250 milhões.
Agora, com a fusão entre a Trump Media e o Technology Group, "o cofrinho do porcão" foi aumentado em 4 bilhões e ele entrou na lista dos 500 mais ricos. Mas isso é graças aos "incontáveis otários investidores" que compraram ações cujo valor pode baixar de repente. Aprendam com tia Lúcia, meninos: ações podem subir e baixar.
Para ter certeza do que dizia, Lúcia ligou para o Tim, que lhe garantiu que o Laranjão, um atrapalhado que só escapou da falência nos anos 90 porque seu pai o ajudou, estava se sentindo humilhado porque teve que choramingar para baixar a multa de US$ 456 milhões que um juiz militante lhe impôs.
Mas a prova final, Lúcia deixou para o fim: "Nesta semana, Trump começou a vender Bíblias por US$ 60 (cerca de R$ 300) cada uma. Supernatural, partindo de um bilionário de verdade, não?"
Humm. Se ele ganhar 30 dólares por unidade e vender 10 milhões delas, algo razoável devido à sua popularidade, ganhará mais 300 milhões, quase um terço de outro bilhão. Talvez vender Bíblias pareça pavoroso para os sofisticados de Manhattan, mas não se trata de uma mixaria, mesmo para quem já é bilionário.
Além disso, não é só o dinheiro, é mais uma conexão estabelecida entre o candidato Trump e o imenso eleitorado religioso. Imagine o demente Biden vendendo Bíblias para efeito de comparação. Mas isso nós vamos deixar para a grande jornalista descobrir sozinha depois da eleição.
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