E um dos culpados era o delegado que investigava o caso. A pedra de que a polícia carioca estava enrolando já havia sido cantada pelo governo Bolsonaro, que, em 2019, tentou resolver o problema federalizando as investigações. Quem o impediu de fazer isso? Quem preferiu estender o problema e se recusou a federalizar?
Quem o impediu foi o STJ. Mas quem lutou com unhas e dentes para manter a situação como estava e acabou acionando o tribunal foram, como recordam as imagens acima, os extremistas de esquerda mais ligados ao caso Marielle. Por quê?
Porque eles sabiam que Bolsonaro faria o possível para resolver logo o caso e isso não lhes interessava. É evidente que o discurso para o público externo era outro, de choradeira e pedidos de solução rápida. Mas a realidade é que quanto mais se estendesse o problema, mais eles lucravam.
Se tivessem encontrado os culpados na primeira semana, ninguém mais lembraria do nome da vereadora inexpressiva na semana seguinte. Eles não poderiam ter usado o caso para insinuar que Bolsonaro ou algum outro inimigo político era o culpado, não teriam espaço na mídia internacional, não ganhariam nada.
Pense na irmã que se tornou conhecida apenas por isso e acabou ganhando um ministério e uma renda de 100 k mensais. Sem que a novela se estendesse, ela e as vagabas que hoje se divertem em aviões da FAB ainda estariam juntando os trocados para pagar o Uber no final da noitada.
Não estou sugerindo que ela está envolvida no crime ou ficou feliz com ele. Mas, passado o impacto, a irmã não voltaria mais e oportunidades de mudar completamente de vida não aparecem toda hora. Por que ter pressa, que diferença faria levar seis dias ou seis anos para encontrar os culpados? Melhor espremer a laranja até o bagaço.
Últimas espremidas
O delegado que era culpado foi escolhido pelo Secretário de Segurança do Rio em 2018 como segunda opção, pois a primeira recusou o convite. E sua nomeação foi oficializada, como de praxe, pelo governador do estado. Mas o estado estava sob intervenção e quem assinava pelo governador era o interventor, general Braga Netto, que concorreu como vice de Bolsonaro quatro anos depois.
"Viram? O nome de Bolsonaro apareceu de novo", gritam hoje numa última tentativa os extremistas mais inconformados, dirigindo-se, como sempre, aos débeis mentais que os levam a sério. É ridículo demais.
Minifestação
Faltou dizer, sobre as minifestações de sábado, que além do Pelourinho ser repleto de turistas, o comício petista foi seguido de um show aberto ao público. Ou seja, a vergonha da "resposta à manifestação de 25 de fevereiro" foi ainda maior do que parecia.
No total do país, os petistas não devem ter reunido três mil pessoas, 0,005% dos votos que as urnas sem voto auditável atribuíram ao descondenado que se esconde do povo. Claro que um grupo pode estar mais motivado a ir às ruas que outro, mas percentuais baixos como esse não se encontram em nenhum lugar do mundo.
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