Como apostamos ontem, o descondenado já empurrou para os subordinados a tarefa de "conversar com os evangélicos". Aproveitando a reunião com seus ministros, ele se disse cobrado para falar com pastores e lideranças evangélicas, mas assinalou que já fez isso "no passado" e cabe "ao governo" resolver o problema.
Como? Segundo as palavras que a imprensa colocou em sua boca, o primeiro mentiroso do país declarou que a solução é "combater as fake news que impactam esse segmento da população", pois "o Deus do Malafaia não é o mesmo que o nosso, mas eu sei que o Deus do evangélico é".
Reunindo as declarações, parece que "o governo" deverá dialogar amistosamente com as lideranças evangélicas ao mesmo tempo em que informa aos seus fiéis que o Deus que elas lhe apresentam deve ser substituído pelo Deus petista. Não parece muito fácil, mas eu tenho uma sugestão.
O PT deveria parar como essas idas e vindas e criar logo uma religião. Até do Maradona tinha uma, por que eles não podem fazer a deles? Os fanáticos irracionais ele já tem, a promessa de salvação idem, um ídolo vivo a que adorar também. Restaria reunir seus valores num conjunto organizado e democrático.
Casamento trans? Permitido sem problemas, com direito a show de batecu no altar. Gravidez? Com quantos pais ou mães quiserem e possibilidade de desistir até o nono mês. Liberdade de expressão? Total, desde que você concorde com a igreja. Roubo? Furtarás para tomar uma cervejinha com os companheiros.
Inquisição e fogueira para os hereges já foram providenciadas, o grande sinédrio com seus supremos juízes-sacerdotes já está prontinho. E a imagem acima foi gerada por IA, mas relações amistosas com vertentes ideológicas muçulmanas e o clero progressista católico já são correntes.
Uma vez oficializada a religião só haveria o trabalho de formar pastores (em curso oficial, como queria uma socióloga esses dias), alugar espaços (dinheiro não falta) e atrair os evangélicos. Estes não vieram de famílias católicas e mudaram? Por que não podem mudar de novo?
Em 2019 nós sugerimos que as kombis pegassem os evangélicos nas esquinas e os convertessem. Não quiseram. Agora estamos tentando ajudar de novo, mas é pela última vez. Depois não reclamem quando os evangélicos forem 60% da população e oito em cada dez deles votarem nos demônios da extrema direita radical.
Palavra proibida
Percebe-se, imprensa mainstream afora, a decepção com a credibilidade obtida pela tal "minuta do golpe". Então não adiantou dar esse nome bacana para um documento que mencionava GLO, Estado de Defesa e Estado de Sítio? O pessoal conseguiu perceber que não há ilegalidade alguma em falar sobre dispositivos constitucionais?
Pior, o pessoal está notando que não houve ação alguma e todas as acusações feitas ao presidente Bolsonaro envolvem o futuro do pretérito e aquela palavrinha a que eles se referem a todo instante, mas tentam a todo custo não citar diretamente para não desmontar seu castelo de cartas: "intenção".
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