Se os aliados pudessem, atacariam apenas Hitler e os nazistas convictos que pegaram em armas. Mas, como eles estavam em meio à população normal da Alemanha, esta sofreu junto quando o país passou a ser bombardeado. Civis foram mortos, opositores que detestavam o nazismo foram mortos, crianças inocentes também.
É assim em praticamente todas as guerras, baixas civis são um dano colateral. O máximo que se pode esperar é que um lado não mate muitos não combatentes do outro. Nesse sentido, a guerra movida por Israel contra o movimento que governa a Faixa de Gaza pode ser comparada a qualquer outra.
Coisa bem diferente são os ataques propositais e desnecessários a pessoas indefesas, principalmente quando realizados com requintes de sadismo e crueldade. Como foram os do Hamas no 7 de outubro. Que não acabaram naquele dia, estendendo-se até agora através da tortura a que são submetidos os reféns.
Como tudo, esse tipo de violência tem graduações. Pior que atacar estrangeiros é se voltar contra moradores do próprio país. Pior que castigar opositores é escolher suas vítimas apenas pela etnia ou cultura. E pior que tudo é o Holocausto, que levou esse tipo de maldade a níveis quase inimagináveis em termos de números e atitudes.
Não é muito difícil distinguir os dois casos e fazer comparações no caso de Gaza. Israel faz o que um exército é obrigado a fazer numa guerra. O Hamas não tem, felizmente, o mesmo poder que os nazistas tiveram, mas age o quanto pode como os verdugos dos campos de concentração.
Por que o ex-presidiário que foi visitar as pirâmides troca tudo e compara os israelenses aos nazistas? Não é por confusão, ele não é tão idiota quanto os "intelectuais" petistas que conseguem até ver nazismo em telhados, mas não conseguem lembrar que se o Hamas quisesse paz deveria começar libertando os reféns.
Há mais motivos, é mais profundo. Mas um dos principais é que, conscientemente ou não, ele quer diminuir a dimensão do Holocausto e, por consequência, de todo o terror cometido contra inocentes indefesos que teve naquele evento o seu auge. Assim a pergunta passa a ser: por que ele quer fazer isso?
Não é porque os nazis também eram "partido dos trabalhadores", a coincidência não está só no nome. Tudo o que ele sempre defendeu na prática - discurso para enrolar analfabeto é outra coisa - segue a mesma linha dos homônimos: o partido deve tomar o poder e submeter o restante da sociedade ao seu tacão.
Cuba, Nicarágua, Venezuela, os narcoterroistas das FARC, facções mais próximas, Celso Daniel, chamar as pessoas que discutiram com seu aliado num aeroporto de "animais a serem extirpados"... Nada disso tem a gravidade de um campo de concentração, mas tudo mostra o que esse sujeito pensa, a linha que ele segue.
E ele é seguido. Tem gente que sabe quem ele é e mesmo assim o apoia. São pessoas cuja maldade se mostra no deboche a uma senhora inofensiva que foi condenada a 17 anos de prisão ou a um senhor que lá morreu. Pessoas que querem censurar o país. E que hoje estão gritando, nos tuítes da vida, que ele tem razão.
Claro que, como os nazistas e tantos outros, eles não querem ser vistos como são, querem manter a fantasia de que suas vítimas merecem as violências que lhes infligem. Ao diminuir o Holocausto ele os atende porque diminui tudo que pertence à mesma família. Ele os agrada, está lutando pelo seus.
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