terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

A vingança do PNG

O cara não tem mesmo sorte no Oriente Médio. Da outra vez, voltou de lá com o rabo entre as pernas depois de ter aparecido sem ninguém chamar para "fazer a paz" com sua experiência de líder sindical. Virou até personagem de programa humorístico israelense. E deve ter pensado: "Vou se vingar desses judeu."

Reuniões internacionais são previamente agendadas, ninguém entendeu quando o sujeito apareceu agora, novamente sem ser convidado, para uma que já tinha até terminado. Pensaram que era só uma desculpa para conhecer as pirâmides. Mas o motivo secreto era, ao que tudo indica, dar o troco aos israelenses.

Só que deu foi ruim. Tanto que, como vemos na imprensa, nem seus puxa-sacos mais radicais acreditam mais na possibilidade de seu ídolo supremo receber o Nobel da Paz. Fontes a que temos acesso dizem que da outra vez ele ficou em 299° lugar entre 301 candidatos, mas eles ainda tinham alguma esperança. Não têm mais.

Megalômano como é, sua outra ideia fixa era liderar o Sul Global, nome hoje utilizado para descrever algo parecido com o antigo Terceiro Mundo, aqueles países meio enjeitados que, se fossem pessoas, morariam nos bairros periféricos e precisariam pegar três conduções para chegar ao trabalho.

Mas nem aí ele faz muito sucesso, pois a maioria é pobre, mas honesta, e não vê com bons olhos a sua eterna opção pela bandidagem. Seus melhores amigos continuam sendo o Maduro e o Ortega, o dinheiro dos outros que cai em sua mão ele gasta com a depravada ditadura cubana... Só más companhias, uma pior que a outra.

Sem chances no exterior, resta-lhe se voltar para o Brasil, o país que alguns ministros amigos lhe deram para desgovernar. Mas você precisa entender que existem na prática dois Brasis, um com poucos analfabetos que sustenta o país e outro com muitos analfabetos que é sustentado pelos demais.

Ele ganhou disparado no segundo. Porém, com a ajuda dos amigos e tudo, perdeu feio no primeiro. Tanto que não tem coragem de andar numa de suas ruas, entrar num de seus estádios lotados ou fazer qualquer daquelas coisas que o seu adversário na última eleição faz com toda a tranquilidade.

Na verdade, ele não faz isso nem no Brasil em que teria vencido com folga. É que, como não sabe até onde os amigos ajudaram, nem ali ele tem certeza de que venceu de verdade. Vai que ele sai na rua e começam a chamá-lo de "ladrão cujo lugar é na prisão". Na dúvida, prefere se esconder do povo que as urnas dizem que o ama.

De qualquer modo, ele tem o cargo oficial. E esse é o nosso problema, pois é aqui que ele vai tentar afogar suas frustrações. Ainda mais agora que descobriu que se queimou de vez com os evangélicos e seu gado é menor do que pensava, pois pouco mais de 10% do povo apoiou a sua palhaçada.

Aqui, pelos menos entre a maioria dos que raciocinam, ele sempre foi PNG (persona non grata). Mas, pelo menos por enquanto, não dá para fazer como os estrangeiros e mandá-lo passear. Sabendo disso, o cara que já era péssimo vai ficar pior. É aqui que ele vai se vingar.


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