Não estão arrancando as unhas de ninguém, como disse o sujeitinho asqueroso da Globo News, mas que nome se pode usar quando se fala em censurar, perseguir familiares de quem se exilou, restringir o direito de defesa, prender pessoas por crimes que não foram cometidos e torturá-las com meses ou anos de cadeia?
Sendo rigoroso, talvez se deva dizer que estamos numa protoditadura, uma promessa da base que ainda não se firmou no time principal. Porém, convenhamos, não dá para gritar "abaixo a protoditadura". Tem ser mesmo "abaixo a ditadura".
Logo teremos a primeira manifestação popular contra ela - a favor do Estado de Direito - e nesse momento só podemos esperar que esta seja grande, organizada (como sempre foram as antipetistas) e não apenas aumente o ânimo de quem luta pela liberdade aqui dentro, mas também repercuta em termos internacionais.
No exterior
Há motivos para ter certo otimismo com a pressão externa. Já tivemos reportagens de importantes jornais sobre a censura de um dos lados na época das eleições. E as recentes declarações do sujeito que foi colocado na presidência escancaram a sua verdadeira índole, dando credibilidade a quem está do outro lado.
O exilado Paulo Figueiredo, recentemente entrevistado por Tucker Carlson, garante ter contato constante com assessores de Trump e ontem posou ao seu lado na mesma conferência conservadora mundial (a CPAC) em que Eduardo Bolsonaro expôs o que está acontecendo por aqui. Segundo Figueiredo, a coisa muda se Trump voltar.
Além do poder americano, é possível que mais conservadores cheguem ao poder na Europa. E lá existe uma campanha, comandada por movimentos como a Liga Conservadora Brasil-Alemanha e equivalentes, que já apadrinhou 65 famílias de presos do 8/1 que estão com contas bancárias e salários bloqueados a mais de um ano.
Viram como o palhaço maléfico da Globo News tinha razão? Só tiraram o acesso aos próprios bens e a fonte de subsistência das pessoas. E as prenderam por algo que elas nem poderiam ter feito. Mas não arrancaram suas unhas na prisão.
Sequestrador
Por aqui, enquanto torce que chova ou coisa parecida, a imprensa cúmplice tenta fazer de conta que não está nem aí e só ataca lateralmente como a Folha, que dá destaque às donas de casa de direita que são antifeministas e "conquistam seguidores". Parece uma coisa bobinha, mas uma socióloga alerta que elas são perigosas:
Eu argumento que essas mulheres têm uma função chave em normalizar e legitimar ideias de extrema direita. E eu discuto como elas fizeram isso, disseminando mensagens de ódio de um jeito muito sutil.
Quem rasga um pouquinho é o Estadão, que, num editorial em que não consegue esconder a raivinha, critica Tarcísio por ter hospedado seu padrinho político e diz que é lamentável que este pareça controlar toda a oposição brasileira. A acusação é a mesma da bandeira e do hino: Bolsonaro sequestrou a oposição.
Os jornalões ladram e a manifestação acontece. Vamos lá! Que dê tudo certo hoje!
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