terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Os vitoriosos

Não é só pela mentira de ontem, que é mais da emissora que dela, mas a gordinha da Globo News é outro motivo para passar longe do canal. Com voz desagradável e volume acima do normal, Fakyela normalmente lê em tom afoito o que lhe mandam e ainda distorce o que leu com algum comentário a favor do governo ou contrário à oposição.

No entanto, ela é valorizada. A Globo a retirou da CNN por ver nela algo que lhe faltava. Seria só um erro da emissora, uma teimosia como a que a fez promover uma narradora de futebol pavorosa tempos atrás? Pode ser, mas a narradora foi demitida ou escondida, arrumaram outras bem melhores. E Fakyela continua firme em seu posto.

Só se pode pensar que sua parcialidade escrachada é o que a Globo quer. Não para conquistar a maioria da antiga audiência, que foi embora e não volta mais. O objetivo é agradar quem controla a fonte de dinheiro público que voltou a jorrar, agradando, de quebra, quem apoia o atual dono da torneira.

A gente brincava, tempos atrás, que chegaria o dia em que o 247 se tornaria um padrão que a imprensa acabaria por seguir. E chegou mesmo. Gente como Tia Reinalda acabou por imitar o Attuch depois de tanto criticar sua virada de casaca. E a parcialidade orgulhosa se tornou a norma de quem antes ao menos fingia isenção.

Tudo virou Esgotão.

Na torcida

Uma característica do jornalismo lulopetista é bem descrita no artigo "Goleada sofrida por Lule desde o começo do ano pode virar surra história na próxima semana", publicado por José Fucs no Ex-tadão: "a narrativa oficial procura transformar qualquer derrota em vitória acachapante".

É assim mesmo. No reino da militância lulopetista, todos sempre estão encantados com a sagacidade do Molusco e se divertem com seus chistes, tudo o que ele faz é maravilhoso e todas as falhas de seu desgoverno são bobagens secundárias que devem ser esquecidas porque logo serão corrigidas.

Mas Fucs faz a conta e conclui que, de Mantega na Vale às vergonhas internacionais, o placar contra o ex-presidiário já está em 6x0 em 2024. E antes do jogo legislativo começar, pois, apesar do VAR operado pelo parceiro STF, tudo pode piorar com a retomada das atividades do Congresso na próxima semana.

Vamos torcer.

Ainda não entenderam

"Trumpismo é baseado em medo, não em realidade" é o nome do artigo escrito por Paul Krugman para o NYT e reproduzido pela Foice. Segundo ele, quase 70% dos americanos estão satisfeitos com sua situação econômica. E não há desastre migratório, nem lá nem na Europa, citada como exemplo negativo pelos trumpistas.

No entanto, o eleitor republicano não atribui sua bonança pessoal ao governo Biden e age como se o país estivesse a ponto de ser invadido por hordas de imigrantes. Eles não veem a realidade, lamenta-se Krugman enquanto se escora no medo irracional para tentar explicar o que lhe parece um paradoxo.

Pois é medo mesmo, mas não irracional. Você não precisa esperar sua rua ficar cheia de barracas para impedir que os democratas legalizem milhões de imigrantes ilegais e passem a utilizá-los como o PT faz com os analfabetos. Não precisa (nem deve) chancelar uma cada vez maior tirania woke porque sua conta está positiva no banco.

Os Krugmans não entendem ou só fingem não entender?

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