terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Lendo jornal

A briga entre Bolsonaro e o presidente do PL furou o recente bloqueio do nosso "jornalismo" ao nome do primeiro. E, na minha opinião, embora possa ter objetivos paralelos, foi encenada para isso mesmo. Como fazem há seis anos, nossos "jornalistas" não resistem, adoram anunciar sofregamente que o inimigo do seu chefe acabou.

O tema que continua fechado a sete chaves é o do gabinete do ódio, o verdadeiro, o único de grande alcance que obedece a um comando central, que, desde os MAVs de 2014, sempre foi o do PT. O bloqueio é rígido, o pessoal não fala um ai do Choquei e da Mynd8. Chama-se silêncio eloquente, cúmplice neste caso.

Também há assuntos proibidos em nível internacional. O atual é o protesto dos agricultores que paralisa a Alemanha, sobre o qual você vai saber mais através de nossos comentários do que pela "mídia profissional". Se agora é assim, quanta coisa terá acontecido que nós nunca desconfiamos quando ainda não havia internet?

A vitória esmagadora de Trump na primeira primária republicana eles tiveram que noticiar. Com o pessoal enfrentando a baixíssima temperatura para participar, ele venceu em todo o Iowa, dos menores condados às grandes cidades. Com 7,7% dos votos, o quarto colocado, Vivek Ramaswamy, anunciou que está fora do páreo.

Mas, no que depende dos jornais, o grande acontecimento nacional parece ser mesmo o BBB. E a grande ideia vem da Milly Lacombe. Por ela, todo "brother" que soltar alguma pérola machista será chamado ao confessionário, para ser advertido por seu erro e ensinado sobre o que deveria dizer.

Num bar de Santa Teresa, "um homem" (eles antes diziam "um bolsonarista") arrancou um retrato do Nine e destruiu uma placa em homenagem a Marielle. A notícia acrescenta que a placa pública, que também havia sido destruída, foi refeita. E seu novo texto diz que a vereadora foi sancionada "por lutar por um mundo mais justo" (?).

Não está escrito nos jornais, mas a existência desse bar (Armazém São Joaquim) comprova que petistas como o irmão da "telhados nazistas" não podem reclamar de boicote. Basta voltar seu empreendimento para os companheiros e ser feliz em meio aos que pensam do mesmo modo.

Falando em fazer o L, o Ex-tadão denuncia, em editorial, que os estados começam a aumentar o ICMS sobre produtos e serviços para compensar as perdas causadas pelo "populismo tributário". Não diga, Ex-tadão, quer dizer que agora seremos ainda mais afogados por impostos! O cinismo desses caras é espantoso.

Por fim, quando o seu bisneto perguntar o que era jornal e para que ele servia, mostre a imagem acima. O guri vai entender de cara: "Ah, sei, era tipo assim um telefone celular de papel."

Nenhum comentário:

Postar um comentário