sábado, 27 de janeiro de 2024

Índio encontra índio

Calção Adidas, óculos escuros, celular? Nada disso, o que melhor exemplifica o abandono das velhas tradições e a aculturação de nossos indígenas é a adoção de um comportamento que, embora sempre restrito a uma minoria e frequentemente combatido, é muito antigo entre os civilizados.

Como explicar educadamente? Vamos dizer que antes dois índios entravam no mato para caçar e comer um veado, mas de uns tempos para cá eles podem fazer a mesma coisa sem necessariamente matar nenhum animal.

Nossa imprensa, claro, adora mostrar exemplos dessa modernidade. Assim, é por ela que sabemos de Danilo, jovem de 19 anos da etnia tupiniquim, que saiu da aldeia para estudar em Brasília e passou por mudanças "que não foram só geográficas, mas de descobertas e aprendizados sobre si mesmo".

Transformado em ativista LGBT, ele informa que desde a infância mantinha "questionamentos sobre a própria afetividade". E considera que "os papéis sociais cumpridos nas aldeias indígenas influenciaram positivamente na formação de homens e mulheres, mas atualmente estão carregados de preconceitos".

Já na aldeia Apido Maru, foi aos 12 anos que Gilmar, filho do velho cacique, começou a ir para o mato, digo, "a se perceber trans". Hoje, aos 30, Gilmar se transformou em Majur e paga o próprio tratamento de transição de gênero enquanto se prepara para ser cacica no lugar do pai.

Mas a coisa não é (ou não começou) tão bonitinha como querem vender. Quando ainda era respeitada, em 2008, a própria Folha informava que índios gays da etnia ticuna eram "alvo de preconceito" na aldeia de Tabatinga, sendo agredidos verbalmente com termos como "meia coisa" e fisicamente com o lançamento de pedras e garrafas.

Segundo a Funai, havia registro de gays em mais quatro aldeias ticunas, etnia mais populosa da Amazônia. "Isso é novo para a gente. Não víamos indígenas assim, agora rapidinho cresceu em todas as comunidades. São meninos de 10, 15 anos", informava o funcionário Darcy Murati, também ticuna.

Recuando mais ainda, a Veja de agosto de 2002 comprova que o comportamento ainda estava em seus primórdios e só evoluiu a partir dali, acompanhando, por coincidência ou não, a era de depravação que se iniciaria com a eleição do futuro presidiário de Curitiba no final daquele ano. Vejam um resumo do início:

Alerta sobre Aids entre índios na adesão de ianomamis ao homossexualismo

Um estudo do Ministério da Saúde confirma que os índios ianomâmis praticam cada vez mais um tipo de relacionamento que parece ter sido inusual antes do contato com o homem branco: o homossexualismo masculino. O assunto é tabu para a maioria dos pesquisadores, mas alguns já polemizam sobre ele. Há cerca de 400 aldeias ianomâmis, com 11.500 índios. O homossexualismo foi detectado em pelo menos dez comunidades.

No livro Trevas no Eldorado: como Cientistas e Jornalistas Devastaram a Amazônia, o jornalista americano Patrick Tierney explica que o hábito foi levado até os índios principalmente pelo antropólogo francês Jacques Lizot, que viveu mais de três décadas na região. Mas a análise do caso ianomâmi demonstra que a sodomia entre eles tem ares de novidade. Até a década de 80, os pesquisadores não faziam menção ao homossexualismo. Mais recentemente, o historiador Victor Leonardi, da Universidade de Brasília, registrou o surgimento da prática.

Liderado pelo sociólogo Ivo Brito, o trabalho mais recente trata também de outros grupos em que a prática se disseminou. Em 1974, o sertanista Ezequias Paulo Heringer denunciou o colega Antônio de Souza Campinas por ter se envolvido sexualmente com homens das tribos dos panarás, no Mato Grosso. O próprio Heringer foi assediado pelos índios. O caso foi apurado e Campinas, afastado das atividades.

Adivinhe o que vem por aí

Toda essa história comprova que, não obstante a existência de possíveis exceções do passado, trata-se aqui de um comportamento cultural, adquirido. Que, obviamente, quanto mais for estimulado, mais tenderá a se disseminar.

Por falar nisso, o Fórum Nacional da Educação está por estabelecer diretrizes para os próximos dez anos e o partido do kit gay está tentando aprovar sua pauta sem discussões. Os membros do FNE são braços de CUT, MST e movimento LGBTetc. E as entidades convidadas incluem: 50 comunidades científicas, 64 "articulações sociais" e 96 "movimentos de afirmação da diversidade". Adivinhe o que vem por aí.

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