sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Gabinete do ódio

Rodrigo Constantino lembrou bem, o "aeroporto de Roma" surgiu logo depois do Barroso ter confessado, na UNE, ao lado do Dino, que eles fizeram Bolsonaro perder a eleição. Pode ter sido uma cortina de fumaça, um falso escândalo para tentar esconder o verdadeiro. Mas este não deixou de ser noticiado.

Nem tanto, porém também noticiada, foi a estúpida morte do Clezão, um sujeito que não representava risco algum para ninguém e estava preso apenas por sadismo e interesse político do lulopetismo e seus aliados. Teve até manifestação de rua, um pouco menos noticiada, em protesto contra o fato.

E teve também cortina de fumaça. Foi logo depois que o Pacheco saiu de sua habitual inação e passou a falar grosso, dizendo que o Senado faria mudanças no STF. Os ministros reagiram, artigos foram escritos. Mas nada foi feito e, passadas algumas semanas, o mineiro voltou a ser o cordeirinho fiel ao governo de sempre.

Já o escândalo da Mynd/Choquei e das contas apagadas não mereceu uma só notinha entre os veículos participantes do cartel, que certamente não falariam de outra coisa se a Jéssica tivesse se suicidado por perseguição de um site "bolsonarista" (como eles sempre dizem, para dar a impressão de que Bolsonaro tudo controla).

Além disso, ao que tudo indica, a cortina de fumaça da vez foi o Tiradentes de Taubaté, a ameaça de enforcamento que o sujeito tirou repentinamente da cartola para causar celeuma por mais algum tempo. Foi. Era tão absurda que nem o jornalismo invertebrado está fazendo muita força para mantê-la nas manchetes.

Eles virão com outra, pode ser o próprio 8/1 a partir de segunda. E eu acho que a defesa do padre "que está sendo perseguido pela direita paulistana porque ajuda os pobres" é mais uma, basta ver como está cheio de artigos sobre o malandro por aí. Até o O Globo, que é carioca, reserva metade dos quatro mais destacados para isso.

Tudo para não falar da Mynd, pois isso pega em cheio no verdadeiro gabinete do ódio, o sistema organizado de disseminação de fake news e ataques a adversários, que, dos MAVs de 2014 aos influenciadores contratados em outras eleições (lembram da moça chamada "bom tempo" ou coisa assim?) sempre foi o do PT.

Por que os jornalões assumem esse papel tão fácil e rapidamente? Porque não é preciso negociar, conversar, nem nada disso. Já está tudo acertado previamente, basta alguém dizer que a ordem tem prioridade máxima e eles a cumprem. Do jeito deles, executando funções próprias, eles também são parte do gabinete do ódio.

Prende e arrebenta

Parte do trabalho da turma é esconder o que acontece no exterior e continuar a defender a vacina contra a covid, mesmo com a ineficiência comprovada e sem a doença. Assim, a Foice noticiou que a Regina Duarte "espalhou fake news" contra as substâncias experimentais que o lulopetismo quer inocular em nossas crianças.

Até aí, era esperado. Mas o que me chamou a atenção foi ver a quantidade de gente que, nos comentários do X, não apenas caía na conversa fiada do jornal, mas pedia a prisão da atriz. Eles conseguiram convencer uma parte do povo de que ter uma opinião diferente da do governo é crime e deve ser punido.

Eles têm esses imbecis, que devem ser milhões. Têm os que vivem vendo fofoca de artistas nos Choquei da vida. Têm as multidões de analfabetos que controlam ainda mais facilmente. E, como se fosse pouco, ainda contam com os idiotas que, vendo tudo isso, não votam contra eles porque o outro candidato não é o dos seus sonhos.

É complicado.


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