Foi o que se esperava para o encontro entre uma linha política que sempre perverteu o uso da palavra "democracia" e uma "justiça" que não se preocupa em cumprir parte das leis. Para surpresa de ninguém, um dos temas que dominou o evento foi a ânsia de censurar as redes sociais.
Mas certamente não foi como eles esperavam em termos de participação de quem está fora do grupinho. Povo, ao que parece (não vi imagens), não tinha nenhum. Talvez tenham levado uma turminha do MST, mas os eleitores do Molusco continuam se escondendo como no 7 de Setembro... e nas ruas, nos shoppings, nos estádios etc.
Restavam os políticos, principalmente os governadores que haviam sido convocados para prestar vassalagem à ridicularia. A grande mídia, cúmplice de tudo, anunciava de vez em quando que o governador do estado x (em geral São Paulo ou Paraná) não participaria do ato, deixando subentendido que isso era uma exceção.
Porém não foi o que se viu. Representando estados que reúnem 64% da população brasileira, 15 dos 27 governadores não apareceram. Ou porque tiveram vergonha na cara ou porque perceberam que se queimariam junto ao seu eleitorado se participassem daquela imbecilidade partidária.
Mais significativo ainda é que os governadores presentes vinham do Analfabetistão, o Nordeste expandido, acrescido do Espírito Santo de um lado e do Pará e do Amapá do outro. Essa é a região do Molusco, onde se concentra o eleitorado ignorante e desinformado que ele ainda consegue manipular.
O Brasil que funciona, que produz e sustenta a si mesmo e ao parasitário Analfabetistão (que mais recebe do governo central do que gera impostos) deu uma solene banana para a palhaçada armada em Brasília. O recado transmitido é que essa parte do país não caiu na conversa da imprensa desonesta.
E ela o recebeu. E sentiu. Pelo embalo dos últimos dias, creio que hoje pretendiam mostrar as imagens do vagabundo subindo gloriosamente a rampa, dos governadores unidos e tudo o mais. Ao invés disso, estão falado do BBB (sem a Mynd, claro) e deixando o assunto lá no cantinho. Flopou.
Exceções
Como mostra o mapa acima, tivemos duas exceções entre os governadores. O de Alagoas não apareceu e o mesmo fez o presidente da Câmara, Arthur Lima, que também é alagoano. Imagino que isso esteja ligado a brigas locais e à influência que o Lira pretende continuar exercendo entre os deputados.
Por outro lado, o governador do Rio Grande do Sul decidiu envergonhar o estado com a sua presença. Talvez tenha se queimado com seu eleitor original, mas ele seguiu uma lógica, pois ficou décimos à frente do candidato petista no primeiro turno e se elegeu no segundo com o voto dos petistas e dos demais partidos de esquerda.
Mas como, alguém poderia perguntar, os petistas não o chamam de bolsonarista? Chamam. Porém, entre ele e o Onyx Lorenzoni, eles votaram no mais próximo de sua posição. É o que fazem as pessoas normais num segundo turno sem seu candidato favorito, o Macri apoiou o Millei etc. Só as crianças mimadas ainda não perceberam.
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