terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Abrindo os olhos

Quem diria que Anitta e os administradores das grandes empresas norte-americanas têm algo em comum. Não, eles não estão tatuando o tiburi. Quer dizer, alguns talvez estejam, não podemos ter certeza, mas estamos falando de uma outra coisa, que ficou clara no noticiário de ontem.

Primeiro foi a Anitta, que apareceu no UOL dizendo que não se importa mais com o sucesso e está evitando a política para cuidar da saúde.

Depois foi um artigo da Economist publicado no Ex-tadão. O assunto era o perigo que Trump representa na visão dos altos executivos, mas, como quem realmente tem medo é a revista, a matéria ia e voltava, dizendo que eles tentarão buscar as oportunidades que o Laranjão abrirá etc. Assim, lá pelas tantas o autor escreveu:

Se Trump for realmente eleito outra vez, os administradores das grandes empresas planejam ficar quietinhos ("não seja uma Bud Light" é um refrão frequente, após a marca de cerveja virar alvo das guerras culturais).

Claro que a referência a "guerras culturais" é uma tentativa de fingir que há dois lados lutando em pé de igualdade, quando só quem apanha nessa guerra é a lacrolândia globalista. Dessa maneira, os executivos estão dizendo basicamente o mesmo que a cantora: nada de colocar o tiburi em risco caindo na lacração.

Isso era diferente pouco tempo atrás. Quem reclamava do apoio a políticos de extrema esquerda subordinados à agenda globalista ou de propagandas que a enalteciam era tratado pela imprensa cooptada pela mesma turma como um troglodita que estava em vias de extinção.

Hoje essa imprensa se cala, limitando-se a tentar esconder o sucesso do boicote ao chocolate ou ao artista da vez. E ela mesma já se vê obrigada a admitir, como também vimos no noticiário de ontem, que perdeu a credibilidade de antes.

Houve recentemente uma mudança significativa, uma tomada de consciência que envolve as decisões voluntárias de dezenas de milhões de pessoas. Sem propaganda, sem bilhões aplicados em ONGs.

Não é uma vitória contra os donos dos bilhões e das ONGs, principalmente em países como o Brasil, em que milhões de analfabetos e outros tantos alfabetizados incapazes de pensar por conta própria garantem que boa parte da população será manipulada com facilidade em termos culturais e eleitorais. Mas é um alento, um indício promissor.

É algo a comemorar.


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