Quem lembra do porco chauvinista? Quem lembra sabe que pronuncia-se chovinista, nome do porco de estimação do Cascão, e que o termo era usado pelas feministas de tempos atrás para atacar aqueles sujeitos que hoje seriam chamados de machistas, misóginos ou algo parecido.
Como há alguns destes por aqui, é possível que as pérolas de sabedoria oferecidas abaixo não sejam devidamente apreciadas. O motivo? Sua autora é Nina Lemos, inimiga figadal dos machistas, bolsonaristas e taxistas que não ligam o ar-condicionado quando ela deixa o marido alemão e vem visitar os parentes no Rio de Janeiro.
Podem falar, mas Nina é uma musa inspiradora, uma fonte sempre disponível quando você está frente ao computador e não sabe o que escrever. Modesta, ela condensa suas lições de vida em curtos tuítes que todos podem apreciar. Como os quatro a seguir, recentemente publicados. Vamos lá.
To chocada com essa nova tendência de influenciadoras dando presentes pra funcionárias uniformizadas e filmando tudo. Que patético.
Esse "to" merecia pelo menos um acento. Mas, indo ao que interessa, onde mais você saberia que as influenciadoras estão dando presentes a funcionárias uniformizadas e filmando tudo? No boteco onde você joga sinuca com os outros bolsonaristas é que não lhe contariam. Isso é cultura, véi.
Um problema que ninguém fala sobre aprender línguas é que você fica péssima em outras línguas que sabia. Agora eu falo um pouco de alemão. Resultado: meu inglês tá um lixo. Aí to falando mal duas línguas e misturo as duas quando falo com nativos.
Chama-se espaço, Nina. Essas informações precisam ser armazenadas em partes do cérebro e, quando há muita informação para pouco cérebro, é necessário desocupar uma área para instalar a recém chegada. É como banheiro de boate pequena, uma por vez. A propósito, como insiste no "to", você está mal em três línguas.
Fim de 2023 e ainda tô resolvendo problemas de 2022, um dos piores anos da minha vida. Mas vamos nessa!
Valeu a bronca, a correspondente internacional finalmente colocou o chapeuzinho no "tô". Esperamos que esse seja um dos problemas antigos que ela se dedicou a resolver este ano. E talvez seja o espírito natalino, mas ela nem atribuiu os males de 2022 a Bolsonaro.
Venho do futuro informar que voltei a usar máscara em transporte, loja e supermercado.
Isso faz lembrar a teoria de que os ETs são viajantes do tempo, seres humanos do futuro. A espécie foi mudando até assumir aquele jeitão que todos conhecem. Nina poderia ser oriunda de uma época de transição, ainda relativamente próxima de nós.
Mas temos que admitir que acabamos de lhe dar razão. Sem assunto, nos apropriamos do trabalho de uma mulher, de seu talento e criatividade. Tudo para egoisticamente quebrar nosso galho. E nem nos sentimos culpados, é estrutural. Para ela não ficar muito braba, vamos enviar um cartão para a Nina e seu marido alemão.
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