Diogo Mainardi agora está no Substack, onde é preciso pagar um pequena mensalidade para ler seus artigos. Não está sozinho, comanda um tal NãoÉImprensa, que conta com uma redação, um espaço em que o próprio Diogo promete responder aos comentários e autores parceiros, com destaque para o presidenciável Danilo Gentili.
Não é novidade, não mudou nada, nada aprendeu. Passará os dias criticando o autoritarismo real do PT e o fictício do "bolsonarismo", ridicularizando ex-colegas que se ridicularizam sozinhos e sonhando com um governo perfeito (do próprio Danilo?) que nunca será testado porque nunca se encarnará.
Para dar uma ideia do nível, entre seus criticados está a Gazeta do Povo, que no passado teria defendido a Lava Jato (o bezerro de ouro dos isentões, para quem a operação deveria ser incensada e se tornar um quarto poder independente), mas agora representaria uma imprensa tão desonestamente bolsonarista quanto a outra é petista.
Porém a Gazeta continua a falar bem da operação e frequentemente traz artigos de Deltan Dallagnol e Sérgio Moro. Onde está a desonestidade de abrir espaço para vozes conservadoras ou manchetear que a inelegibilidade não diminuiu a popularidade de Bolsonaro (exemplo escolhido para ilustrar o artigo contra o jornal)?
Forçando a barra, no entanto, quase tudo é possível nesse campo. Imagino que seja o que Diogo faz. E aí, pensando nisso e dando uma olhada nos demais artigos, fica evidente que, para quem adota essa linha de "crítica ácida a todos", é muito melhor ter o PT e sua imprensa comprada no poder.
Talvez o isentão sempre tenha sido no fundo apenas um espertalhão. De qualquer maneira, depois de tudo, Diogo soa como aquele humorista cujo repertório de piadas não se renova e já cansou. Uns poucos riem porque nunca ouviram, outros por educação. A maioria não vê graça nenhuma.
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