sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Se for petista não assista

Muito bom o artigo sobre o uso do cancelamento contra seus criadores, que o Marco Angeli publicou em seu X e apareceu nos nossos comentários de ontem. Não há motivo para prestigiar artistas que se dedicam a fazer propaganda do lulopetismo, propagar mentiras e desrespeitar quem deles discorda.

E no caso deles acho que é possível estabelecer uma regra geral, ao estilo do título acima, pois trata-se de não comparecer a shows ou não assistir a filmes que aparecem esporadicamente e não possuem nada de especial. Sempre haverá algo melhor para passar o tempo que se perderia com um deles.

Isso pode não fazer tanta diferença numa cidade grande, mas na imensa maioria delas seria mortal. E bastariam alguns exemplos práticos para o receio dos promotores locais fazer o resto. Quem quer tomar prejuízo com um show ou filme que quase ninguém vai assistir? Quem quer ficar marcado numa localidade menor?

Então, tomara que se crie o "se for petista não assista". A militância de redação reclamaria, mas nada poderia fazer. E Tia Reinalda poderia ser escalada para defender a tese de que a ausência de vírgula mostra o desprezo dos ignorantes bolsonaristas pela norma culta, mas isso é um slogan e fica melhor assim, de um fôlego só.

Produtos

Mais eficiente, mas também mais complicado, é o boicote a empresas que contratem esses artistas para comerciais ou que de alguma outra maneira se associem à lacração ou ao petismo. Muitos aqui nos recusamos há tempos a comprar no Magazine Luiza, mas isso pode não ter nada a ver com as atuais dificuldades da rede.

O boicote dos americanos à Bud Light foi um bom exemplo de que é preciso mirar o produto específico, não a empresa que pode ter uma linha enorme. Se baixarmos as vendas do biscoito do Nelipe Feto já estará muito bom, não adianta querer decorar todos os produtos da Lacta e da sua controladora.

Tampouco resolve ir ao mercado com uma lista de proibidões: este foi anunciado pelo Nelipe, aquele pela Pivete... ninguém mantém isso por muito tempo. Em suma, não dá para boicotar produtos como artistas, no atacado. Ao menos por enquanto, tem que ser um por um. Dando certo, depois se faz um bis.

Efeitos

Um dos efeitos de boicotes a produtos é similar ao de shows: o risco de ser o próximo boicotado levaria muita gente a prestar mais atenção no que os garotos da sua agência de publicidade andam aprontando e puxar o freio de mão.

Eles também seriam extremamente educativos para os políticos, sempre tão atentos aos humores do seu eleitorado. Se grande parte da população está mobilizada a esse ponto, pode não ser uma boa ideia confrontá-la abertamente. Nem tudo mundo pode tentar faturar no Only Fans quando perder a eleição.

E ainda seria possível contestar os tais institutos de pesquisa e as próprias eleições: se os "bolsonaristas" são tão poucos, por que o evento ficou vazio sem a sua presença? Onde está aquela metade da população que teria votado no ex-presidiário?

Claro que neste último caso existe a questão econômica. Pobreta não vai a show, grande parte do eleitorado do ladrão só cuida da subsistência. Os antipetistas são uma confortável maioria entre os consumidores de produtos e serviços supérfluos. Mas os petistas que se preocupem em explicar essas coisas.



Nenhum comentário:

Postar um comentário