quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Passamentos

Quis o destino que o fato praticamente coincidisse com o dia dedicado aos que já se foram, mas Marielle finalmente descansou. Todo aquele berreiro, toda aquela exploração política, aquelas tentativas de lhe atribuir uma importância que a vereadora desconhecida nunca chegou perto de ter, tudo isso acabou.

Coube à família cuidar das cerimônias. Mais especificamente à irmã que os critérios lulopetistas transformaram em ministra e conselheira de metalúrgica porque... bem, porque era irmã da Marielle. E que continuou sendo no cargo principal, que utilizou para fazer o que sempre fez em escala mais ampla.

Ela antes gostava de se reunir com as amigas e sair por aí, viajando quando desse, vendo jogo no estádio quando seu time estivesse na decisão, zoando em geral. Foi só usar parte da verba do ministério para dar carguinhos de 20k às mais chegades e trocar o Uber com despesas divididas pelo avião da FAB na faixa.

Parecia tudo bem. Como a missão básica de seu ministério é combater um racismo que não existe, havia certo sentido em entregá-lo a alguém que nada seria capaz de fazer. Ela só precisava inventar desculpas razoáveis para viajar enquanto repetia, aqui e ali, as abobrinhas wokes que a própria Marielle pode ter lhe ensinado a dizer.

Mas a moça exagerou. As amigues queimaram parte do filme. E ela mesma acabou cruzando aquela "linha tênue muito forte" que criou durante um discurso na África. A tentativa de cancelar o "denegrir" já faz parte da estupidez esquerdista geral. Mas criticar o racismo do buraco negro fez a ministra se aproximar do seu.

Por enquanto ela continua, talvez eles receiem tê-la como inimiga depois que se descobriu quem um petista pode estar por trás da morte da irmã. Mas o que eles vendiam como tragédia se transformou definitivamente em chanchada. As máscaras caíram, a exploração acabou, da Marielle eles nada mais podem tirar.

Quem também nos deixou recentemente foi o déficit zero e seu Arcabouço Fiscal. Criado há quase um ano, "pelo governo que era tão bom que começou a governar antes de eleito", o conceito de que incompetentes como Nine e Taxad podiam gastar sem freio e acertar no ano seguinte sempre foi coisa de idiota ou malandro

Agora, depois do próprio Molusco esclarecer que era tudo conversa fiada e encomendar o velório da palhaçada, resta observar a cara de tacho dos "analistas" que elogiavam a inteligência das medidas como quem elogia a saúde de um natimorto..

E faleceu também o grande líder diplomático que outra parte da imprensa pretendia ver no conhecido malandro. Passado quase um mês, o cara não conseguiu resgatar um só brasileiro da zona de combate. Com a saída de centenas de pessoas de outras nacionalidades, essa foi o prego que faltava no seu caixão.


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