sábado, 14 de outubro de 2023

Prestígio internacional

Apenas agora, uma semana depois dos ataques terroristas que deram início a todo problema, o desgoverno está anunciando por aí, como se fosse grande coisa, que talvez consiga retirar os poucos brasileiros que estão na Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito, o caminho mais simples e lógico desde o início.

Não para eles. Por simples incompetência ou para tentar apresentar o inimigo do amigo Hamas como insensível, eles passaram dias soltando aquelas frases bobocas de sentar para tomar cervejinha e vendendo, com o auxílio de seus militantes de redação, a ideia de que os brasileiros em Gaza deveriam sair por Israel.

É verdade que tudo indica que o próprio Hamas está tentando dificultar a movimentação de civis, quanto mais sua saída. Mas os terroristas cansaram de ser apoiados pelo lulopetismo e sabem que o Nine os ajudará dentro do possível. Não custava pedir um favorzinho à chefia da turma.

Também é fato que o Egito não está disposto a ver palestinos entrando em seu território, criando acampamentos de refugiados ou coisa parecida. Mas o Molusco não é um grande líder internacional? Não (des)governa uma das maiores nações do mundo? Não tem prestígio para pedir uma pequena exceção?

Nessas horas se percebe como realmente veem o camarada mundo afora. Não bastasse a vergonha que ele passou na reunião do G7, quando fingiu primariamente estar escrevendo para não encarar o ucraniano Zelensky, tinha que passar mais essa.

Novo presidente

Longe de mim tentar estabelecer a fronteira exata entre o elogio sincero e a ironia no caso de um político ou de um francês, povo que tanto "se acha" nessas questões. Imagine então ter a pretensão de saber o que passou pela cabeça de um experiente político francês.

No entanto, na minha modesta opinião, nossa imprensa errou feio ao nem sequer considerar a possibilidade de Sarkozy estar sendo irônico - sarcástico? outra fronteira incerta - ao declarar o quanto havia ficado impressionado com a sapiência do atual presidente do STF e sugerir-lhe que pensasse em assumir "uma outra presidência".

É ridículo, Barroso ficaria atrás do Eymael. É difícil acreditar que nossos jornalistas não saibam disso. É impensável que alguém acostumado a disputar eleições como Sarkozy não tenha percebido ao conhecê-lo. Mas é bem possível que o próprio Barroso tenha levado tudo a sério.

Dá para imaginá-lo dizendo aos próximos que não pensa em ir além de sua atual missão civilizatória, que a política não é para ele... e ao mesmo tempo pensando em sua subida triunfal pela rampa de Brasília, a multidão gritando seu nome, Bethânia e Caetano abrindo o show emocionados... Tudo tão lindo!


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