Um filamento de bambu. Essa era a inovação decisiva da lâmpada elétrica cuja patente foi solicitada por Thomas Edison em 21 de outubro de 1879, a primeira que tornou comercialmente viável a possibilidade, demonstrada pela primeira vez por Sir Humpry Davy em 1802, de gerar luz através da eletricidade.
Tem na Wikipedia (e agora também na Revista Oeste), você digita a data e aparece uma série de eventos que aconteceram naquele dia. O da patente de Edison me chamou a atenção porque, coincidentemente, o site da BBC apresenta uma matéria sobre as primeiras tentativas de gerar eletricidade a partir da luz solar.
O cidadão acima é o canadense George Cove, que nos primeiros anos do século 20 dedicou-se a fabricar painéis solares parecidos com os atuais. Um produto que, segundo a revista Modern Electrics de 1909, "em dois dias de sol... armazenará energia elétrica suficiente para iluminar uma casa comum por uma semana".
Sediada em Nova York, a empresa de Cove, Sun Eletric Generator Corporation, contava com um capital US$ 5 milhões, o que equivale a quase um bilhão de reais em dinheiro de hoje. Numa época em que os táxis da cidade eram elétricos, muita gente deve ter apostado na novidade que ele trazia.
A autora do artigo relaciona o desaparecimento da iniciativa a um misterioso sequestro que o inventor e empresário teria sofrido. Mas é mais provável que ela tenha sido abandonada por problemas como a durabilidade das baterias que acompanhavam os painéis e a falta de pessoal capacitado para instalá-los e mantê-los em quantidade.
É assim mesmo, algumas ideias vão e voltam. Heron de Alexandria já inventava mecanismos movidos a vapor nos primeiros anos da era cristã. Se alguém tivesse percebido as possibilidades que aquilo abria, quem sabe o que teria acontecido? Legiões e mercadorias se deslocando a 100 km/h em estradas de ferro, por exemplo.
Bem, vai ver que alguém percebeu, mas quando chegou a Roma não conseguiu passar pelos burocratas que regulavam as audiências com o Imperador. Ou o navio em que ele estava naufragou durante uma tempestade e o cara mal conseguiu se salvar, perdendo todo o material que havia preparado para sua apresentação.
Nesta última hipótese, ele pode ter passado o resto de seus dias na ilha a que conseguiu chegar agarrado num pedaço do mastro. Lá, casou-se com uma nativa e tornou-se conhecido por contar inventivas histórias em que as pessoas se deslocavam sem cavalos e iluminavam suas casas sem tochas. O que muito divertia aos ilhéus.
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