quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Gente ruim

Se ainda não o fez, participe da consulta pública ao projeto de anistia aos condenados a penas altíssimas pelos tais atos de 8 de janeiro. São pessoas comuns, que foram protestar contra uma eleição repleta de irregularidades e nada fizeram além de, quando muito, entrar num prédio público e revirar alguns móveis.

Haveria muito mais a dizer, mas todos sabem da armadilha do GSI petista, da falta de provas, do constrangimento às defesas, das sentenças previamente decididas e do restante. No entanto, como mostram os números acima, o apoio ao projeto do senador Mourão ainda é relativamente pequeno.

Em compensação, a oposição a ele pode ser considerada enorme, o número de votos de um lado e outro é bastante próximo. E aí você pergunta: quem se dá ao trabalho de tentar matar na casca um projeto que procura apenas impedir que donas de casa de 60 anos passem os próximos 15 ou 17 na cadeia?

Elas são adversárias políticas de quem vota contra, mas, para dar um exemplo hipotético, você defenderia que um professor petista, inofensivo em tudo o mais, recebesse uma condenação similar por derrubar uma placa de trânsito durante uma manifestação? Se preocuparia em tentar assegurar seu suplício?

Todos nutrem eventualmente sentimentos de ódio e vingança, mas o sujeito precisa ter uma índole preponderantemente maléfica para se satisfazer com o sofrimento injusto e prolongado de quem nada lhe fez. É uma gente realmente ruim essa que entra numa enquete dessas para votar no não.

Ruim de serviço

O governo Bolsonaro, em poucos dias, retirou todos os brasileiros que queriam sair da Ucrânia bombardeada pelas forças russas. Não mandou aviões a Moscou porque isso seria ridículo, já que a guerra em nada afetava quem estava por lá.

Desta vez o ataque inicial foi a Israel e afetou brasileiros, mas não podia ser previsto por ninguém. Logo depois as ações de guerra se transferiram para a Faixa de Gaza, restando um risco desprezível para quem estava passeando por Jerusalém e outras cidades controladas pelos israelenses.

O governo Molusco, no entanto, se dedicou a retirar esses brasileiros, num "resgate" que consistiu em pegar pessoas em hotéis e levá-las ao aeroporto. Vinte dias depois, os que estão na Faixa de Gaza até agora esperam que o grande diplomata candidato ao Nobel da Paz os retire de lá.

A incompetência é tão grande que até a imprensa petista ficou envergonhada e deixou de falar no assunto. Quem o recorda é o próprio anão diplomático, anunciando, de vez em quando, que agora está mantendo contatos decisivos e blábláblá. Dá para imaginar o que acontece do outro lado da linha:

- Quem? O malandro brasileiro que tiraram da cadeia esses dias? Eu tenho mais o que fazer do que ficar escutando as platitudes desse imbecil. Manda o estagiário que fala português atender e dizer que está traduzindo as respostas que eu dou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário