sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Efeito plim-plim

Os números acima indicam a opinião da população sobre o atual (des)governo e as imagens falam por si. Quem se (des)informa prioritariamente pelo noticiário das Globos da vida tende mais a vê-lo como positivo, quem procura saber o que acontece através da internet tende mais a vê-lo como negativo.

O que estará acontecendo? Estamos diante da descoberta de uma nova relação entre preferência política e canal de informação? Não, nada disso, a pergunta a ser feita é outra: quem ainda vive como se não houvesse internet e depende da TV para saber o que está acontecendo?

Muita gente boa, parte dos mais idosos, pessoas que preferem o formato tradicional dos noticiários televisivos etc. Mas creio que a maior parte dos televisivos é formada por quem ainda não tem fácil acesso a celular ou computador e, principalmente, pelos que têm dificuldade para ler e escrever.

O nosso país possui cerca de 10 milhões de analfabetos e, como essa contagem envolve apenas maiores de 15 anos, praticamente todos são eleitores. Para piorar, ainda temos, por baixo, mais uns 30 milhões de analfabetos funcionais, pessoas que mal conseguem ler ou não entendem o que leram.

Eles tampouco saberiam fazer esta conta, mas 40 milhões equivalem a mais de 25% de todos os eleitores do Brasil. Se arrebanhasse dois terços desses votos, um candidato à presidência já abriria uma vantagem de 8% sobre seu adversário. E há um que, segundo pesquisas antigas, conseguia até mais que dois terços.

O ovo sai da galinha e a galinha sai do ovo. O analfabeto que tende a votar no PT assiste o noticiário de TV favorável à mesma linha política e reforça sua opinião inicial. Sendo eleito, o lulopetismo mantém a população na ignorância com seus "métodos educacionais" e solta uma grana para que as TVs mais assistidas continuem a apoiá-lo.

O PT não se preocupa em censurar a grande imprensa como antes porque aprendeu a controlá-la financeiramente. Nos jornalões isso não resolve porque quem os lê é uma minoria que hoje também tem as redes. Mas nas TVs, junto àquele pessoal que se "informa" enquanto mastiga algo entre uma novela e outra, é só correr pro abraço.

Retirada de cena

Completando-se amanhã três semanas sem que o desgoverno tenha conseguido retirar um único brasileiro da Faixa de Gaza, a turma recebeu ordem para se voltar aos problemas domésticos e deixar de lado aquela fantasia do grande negociador que merece o Nobel da Paz. Quem se retirou, de cena, foi o anão diplomático.

A guerra a ser agora noticiada será pelas diretorias da Caixa, pois Lira garantiu que ela vinha de porteira fechada e o anão sem palavra já está dizendo que não vai cumprir essa parte do acordo.

Alguma chance da nossa imprensa lembrar que Bolsonaro retirou todos os brasileiros da zona de combate em poucos dias e mostrou que era possível governar sem trocar ministérios e estatais fechadas por votos?

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