Ao criar as mulheres que se dedicariam à política, Deus decidiu, em sua sabedoria, que a beleza não deveria ser utilizada para exacerbar as discordâncias inerentes à atividade. "Vamos separar", disse o Todo-Poderoso, "as feias ali daquele lado, à esquerda, as bonitas fiquem mais à direita".
E até na Argentina o obedeceram. Exemplo disso é Javier Milei, que, nada tendo de bobo, vive aparecendo na mídia com belas mulheres, da namorada atriz famosa a auxiliares como Lilia Lemoine, influencer, atriz e cosplay que cuida da estética do libertário e concorre a uma vaga de deputada na próxima eleição.
Que a qualidade estética avança com Lilia é inegável, quem poderia não apreciá-la? Pois acredite que esse dias ela estava se dirigindo a um ato em homenagem às vitimas do terrorismo dos anos 70/80 quando foi cercada por militantes esquerdopatas que chegaram a jogar-lhe gasolina na cara.
A polícia entrou em ação e descobriu que quem estava com a gasolina era uma militante, uma mulher. Sua imagem não foi divulgada, mas não é difícil concluir que o ressentimento político e o pessoal se mesclaram de modo quase literalmente explosivo neste episódio. Deus, em sua sabedoria, sabia o que estava fazendo quando decidiu separar as mulheres que se dedicariam à política.
Tudo igual. Lembra dos símbolos nazistas e das bombas em diretórios do PT de 2018? Pois na Argentina também estão jogando molotovs em sedes do Partido Comunista e pasquins como o Página 12 dizem que isso comprova que "la violencia avanza" (jogo de palavras com "la libertad avanza") por culpa dos "fascistas".
Ontem mesmo, o jornaleco republicou uma reportagem do El País, em que a nossa multifacetada Lilia é acusada de treinar militantes de "ultradireita" na arte de propagar "discursos de odio" sem ter a conta deletada pelas redes sociais.
Na verdade, ela está dando dicas de como esses voluntários podem defender o Milei dos ataques do "trollcenter K" (os MAVs locais). E na maior parte do tempo apenas recomenda medidas como evitar o ad hominem e as ofensas pessoais.
Mas é uma exceção à ultima regra que irritou os canhotos. Conforme mostra o vídeo que acompanha a notícia (aqui), Lilia pergunta se eles podem chamar a Ofelia Fernández - uma espécie de Sâmia Bonfim portenha - de "tanque australiano de medialunas".
Baseados no que acabaram de ouvir, os alunos respondem que não. Mas então a mestra lhes ensina que neste caso é possível porque o apelido já se tornou um clássico e "los clásicos son clásicos". Isso é que é professorinha que deixa saudades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário