Siga o coelho branco. Se você realmente acredita que revirar meia dúzia de móveis pode ser tratado como golpe de estado e alguém é capaz de realizar uma insurreição armada sem ter arma alguma ou estar associado a quem as tenha, seu cérebro foi abduzido por forças malignas. Siga o coelho e tente se libertar.
Sebastião Reis Coelho está mais para mulato claro que para branco, mas a cor exata é o de menos. O fato é que ontem, defendendo um dos réus do chamado "8 de janeiro", ele quebrou a ridícula matrix criada por parte do nosso judiciário e mantida por nossa grande imprensa sequiosa de verbas públicas.
"Vocês são odiados!" Só por ir além do aspecto meramente jurídico e jogar essa verdade na cara daqueles personagens tão odiosos quanto normalmente paparicados, valeria a sua atuação. Tanto que o principal entre eles se sentiu obrigado a responder, balbuciando que isso era coisa de uma minoria. No mundo da matrix deve ser, no real ele não se atreve a ver.
É claro que Coelho foi beneficiado pelo fato de ser desembargador. Ele é da classe e a maioria dela respeita os manipuladores por sua posição, mas sabe bem o que está acontecendo e não admitiria facilmente uma perseguição ao colega (como a que já foi inclusive ensaiada pelo CNJ, inventado pelo petismo para isso mesmo).
Outra de suas vantagens é que ele está aposentado. Não está mais disputando cargos que poderiam ser negados para puni-lo pelo atrevimento de quebrar o mundo fictício na frente dos seus principais smiths. Mas muitos nessa posição prefeririam não se incomodar e se limitariam a uma defesa formal. E Coelho não se intimidou.
Nada pequenas
Ontem, por coincidência, a sentença de Elise Matsunaga foi revista e sua pena por matar o marido e picotar o cadáver foi reduzida para 16 anos. Enquanto isso, o careca que atua como vítima, acusador e juiz quer condenar quem derrubou uma mesa ou algo equivalente a nada menos que 17 anos.
Onde se viu algo assim? Pessoas comuns sendo julgadas diretamente pela corte superior e perdendo automaticamente o direito, internacionalmente reconhecido como essencial, à dupla jurisdição. Penas completamente desproporcionais, muito superiores às aplicadas a quem comete crimes mais graves. Onde já se viu?
A pergunta não é retórica e a resposta é fácil. Esse tipo de coisa é normal nas ditaduras socialistas, sejam estas soviéticas, nacional-socialistas, maoistas ou bolivarianas. Em Cuba, eterna fonte do lulopetismo, protestar contra a ditadura nas ruas pode dar mais de 20 anos de cadeia. Na Nicarágua talvez já esteja até pior.
Korreto
Também ontem, tivemos o voto de um dos dois únicos ministros que não foi indicado pelo consórcio tucano-petista. E Mister K - Nunes Marques, como ele prefere - fez o que se espera de um juiz e defendeu a aplicação adequada da lei, com uma pena menor para uma infração menor.
Pena que só tem mais um como ele. Tivéssemos três e estivéssemos a caminho do quarto, a turma da matrix não teria causado um décimo do mal que nos assola.
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