Como disse Oscar Wilde, você nunca terá uma segunda chance de causar uma boa primeira impressão. No texto a seguir, Marco Angeli, autor do trabalho acima, conta a que teve ao conhecer alguém. E revela que o tempo só a confirmou. Como também lembrou o Wilde, não é muito inteligente não dar importância às aparências.
Ódio, violência, atraso
Em meados de 1985, num certo domingo, fui, como muitos, ao Estádio do Pacaembu ver o comício de um sindicalista que surgia no cenário político. A curiosidade dos brasileiros - e a expectativa - em torno desse homem, que se auto proclamava a "esperança dos humildes" era grande, uma incógnita. Surgia lula, o luiz inácio.
Ex militante ativo da esquerda, eu estava, naturalmente, acostumado a discursos radicais e agressivos. Mas o que ouvi naquele domingo foi algo espantoso, ódio puro destilado aos berros para a multidão que o ouvia naquela tarde de sol.
A raiva e inveja dos que trabalhavam e obtinham sucesso através de sua luta era clara, cristalina. Empreendedores, patrões, classe média, todos vítimas da fúria verbal e insana do sindicalista.
Nessa época, lula jogava o tudo ou nada, e não era ainda o mestre da mentira em que se transformaria com os anos. Jogava duro. Quem o ovacionava e aplaudia, ali, era um grupo de radicais violentos e agressivos, e só. Nunca ouvi tanta merda na vida.
Hoje, observando lula em Cuba, com os amici, percebo que o poder obtido na maracutaia não o melhorou. Pelo contrário, esse oportunista só piorou, carregando em seus bolsos o atraso, a ignorância, o ódio, a vingança.
Como um organismo nocivo, se mesclou ao ambiente onde cresceria e obteria poder: o comunismo. Copiou a postura de trejeitos de líderes insanos como fidel ou stalin.
Hoje, marionete de um consórcio que não larga de forma alguma o poder, é o instrumento perfeito da velha e odiosa política que assola este país há décadas. Pobre Brasil, condenado a conviver com pragas como essa no poder. Pobre Brasil, um grande país desperdiçado, infestado por parasitas.
Observações
Lembrei do meu pai analisando os gestos e olhares do barbudo que despontava na TV: "isso é um pilantra que não vale nada". Nessa época, em seus jornais, intelectuais de esquerda discutiam como lapidar o potencial revolucionário daquela força operária primitiva. Os babacas depois se ajoelhariam frente ao ídolo que imaginavam controlar.
Tem gente que não acha, mas eu também penso que ele foi incorporando trejeitos como o menear de cabeça do Fidel. Os movimentos desses caras são muito coreografados. A jumenta se move em palcos de comícios como seu padrinho. Mas, por esse critério "gestual", quem eles almejam que suceda o vagabundo é o playboy invasor.
Em 2002, o sindicalista raivoso se transformou num brasileiro boa praça. Deu certo, aliado ao desinteresse de FHC em fazer seu sucessor (no mesmo partido, quero dizer), o novo script enganou a muitos. Mas seu poder eleitoral se mantém pela extensão do voto aos analfabetos, decisão tomada no mesmo ano em que o Angeli foi ao Pacaembu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário