Ridículo. Mais de mil convidados, clima totalmente incompatível com a gravidade da função. O sujeito acompanhando, emocionado, cantores profissionais que fingem apreciar sua performance. E aparentando acreditar na sinceridade deles como na elevação espiritual de João de Deus e na inocência do companheiro Cesare.
Ele diz que parte de sua agenda consiste em "pacificar" a nação? O que significará essa palavra para quem trata a metade mais alfabetizada do país como manés que ajudou a derrotar? E como ele tem "agenda" se, como eles dizem, o tribunal só age quando provocado? Por essas e muitas outras, até Valter Maierovitch, defensor das recentes arbitrariedades, alerta que o Congresso está próximo do limite e diz no UOL:
Para o Barroso fazer tudo isso ele tem que ficar muito atento ao sistema de freios e contrapesos, que estabelecem a competência, ou seja, precisa azeitar bem isso. E precisa também se segurar um pouco, ele é aquilo que chamamos de pedante, presunçoso. Ele precisa se segurar nisso, segurar a língua.
Acho difícil, Valter, pelo que se sabe ele nunca segurou a língua quando estava por baixo, por que o faria agora por cima?
Ridículo II
Mais que ridículo, desumano. Que necessidade a antecessora do linguarudo tinha de se despedir com a conversa, logo desmentida, de que as pessoas presas pelos episódios de 8 de janeiro receberam a visita de seu principal algoz com aplausos e orações? Quem acreditaria nesse absurdo? O que ela ganha com isso?
Parece uma daquelas cenas antigas em que, para não ter a família também perseguida, o condenado se despedia da multidão elogiando a bondade do rei que puniu sua traição. A diferença é que o julgamento real era público e eles agora se escondem dos advogados dos réus em sentenças virtuais.
Mundo paralelo
Nojentinho ao estilo Barroso, mas limitado a poderes de colunista do Ex-tadão, Pedro Doria vive viajando pelo Brasil que dá certo e não se conforma com o que vê. Cidades médias com bom nível de vida, empresas que progridem, gente que consegue ter seu carro, que mora numa casinha com piscina... e apoia o "bolsonarismo".
Porém ele achou um culpado. É que, ao contrário da sua patotinha, esse pessoal do interior não tem acesso à cultura dos grandes centros e acaba sendo abduzido pelos vídeos "olavistas" da Brasil Paralelo, que reconhece serem muito bem feitos e acredita estarem chocando o famoso ovo da serpente.
Mas, Pedroca, o pessoal da BP também não está fisicamente distante dos interioranos? Eles não são expostos às narrativas opostas através das Globos da vida? Eles não ouvem por lá as explicações do STF? Não veem as propagandas do PT e do TSE? Estas versões não são muito mais divulgadas que o trabalho de uma produtora isolada?
Pedrinho parece imaginar que, como os zaps da "putinha", os vídeos da BP tem algum componente hipnótico que leva aquelas boas pessoas a se desviarem. A outra opção seria concluir que, expostas a versões conflitantes, elas pensam e conseguem tirar suas próprias conclusões. Mas aí é demais para gente como ele.
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