O Pondé e o Magnoli, vimos ontem, deixaram de fingir e não têm mais. Mas, se você tiver alguma dúvida do que aconteceu naquela eleição que deveria ser anulada e continua acontecendo no país, é só acompanhar as tentativas de extraditar o jornalista Allan dos Santos ou colocá-lo na lista de procurados da Interpol.
"Prende o cara, manda ele pra cá", eles disseram no início, invocando tratados internacionais. Mas esqueceram que não estavam falando com alguma Foice da vida e não se prepararam para as perguntas que viriam a seguir, coisas simples como "que crime ele cometeu?", "em que instâncias judiciais já foi condenado?" e similares.
Aí complicou. "Golpismo", sem armas, sem violência, só no gogó, não serve. "Lançar dúvidas sobre o processo eleitoral" só é crime na cabeça de quem é suficientemente imbecil para acreditar que o Brasil criou o primeiro sistema perfeito da humanidade e os outros países nos invejam porque não conseguem copiá-lo.
Para quem recebe respostas evasivas como as que se sabe que saíram daqui, logo fica claro que o sujeito está sendo vítima de uma perseguição política, sem ter nem mesmo o direito à dupla jurisdição, ao recurso de uma sentença dentro do próprio país. Quando você faz as perguntas básicas, não sobra nada.
E assim tem sido para tudo.
A diferença é que aqui dentro nós temos cínicos como os dois citados no início e multidões dos imbecis mencionados depois. Estes últimos, realmente convictos de que todo acusado por certo consórcio é realmente criminoso, mesmo que o alegado crime não esteja descrito em código algum e não existam provas de que o cara o cometeu.
Nenhuma das duas coisas faz falta para quem é manipulado desse jeito. Esse pessoal vive quase num transe hipnótico. Crime é o que seus mestres dizem ser. E as provas podem não existir porque o malvado que elas acusam está disfarçando, mas em seu íntimo queria fazer muito pior.
É só lembrar o que aconteceu com a vacinação da covid. Ainda não existia vacina, mas aqui ela não chegava pelo desejo criminoso de não salvar ninguém. As vacinas apareceram e foram adquiridas às centenas de milhões, mas o acusado pelo seu hipnotizador as comprou contra a vontade.
Depois o inimigo do consórcio falou que é contra o aborto e a favor da liberdade de expressão. Falou e tomou ações que estavam de acordo com as suas palavras. O amiguinho do consórcio, ao contrário, faz parte de um grupo que sempre foi a favor do aborto e da censura. E que tenta implantar as duas coisas.
Mas para o hipnotizado é o inverso, o primeiro só tem más intenções e o segundo é repleto de boas. As consequências práticas dos atos atuais de um e outro também não importam. Só o que interessa é que um dia, num futuro distante, todos verão que o inimigo que lhe mandaram odiar só não cometeu crimes para disfarçar.
Voltando ao assunto inicial, imagine levar esse tipo de argumento para a Interpol.
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