Quatrocentos e dezessete! 417! Esse é o total de presentes recebidos durante o exercício da presidência que o casal de safados teve que devolver. Se toda a imprensa fosse honesta como o UOL, onde obtivemos essa informação, eles estariam perdidos. Imagine então se os jornalistas fizesse um ranking desse tipo de coisa.
Ah, desculpem, esqueci de dizer, o casal é composto pelo ex-presidiário e pela ajudante que o sucedeu. Que, neste caso, não tentaram roubar realmente nada. No máximo, aplicaram um "se colar, colou". Vamos deixar que a própria reportagem antiga do UOL explique o que aconteceu:
O regramento para o destino de presentes oferecidos aos presidentes mudou diversas vezes desde a redemocratização. Na alteração mais recente, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que bens recebidos de chefes de Estado pelo presidente durante o exercício do mandato pertencem à União. Há, contudo, duas exceções: quando o presente é de "natureza personalíssima" e quando é de "consumo imediato".
No entanto, a avaliação sobre o enquadramento ou não de um item como "personalíssimo" é um tanto subjetiva, uma vez que permite diferentes interpretações. Com base no acórdão do TCU de 2016, os presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio XXXX da Silva tiveram que devolver 471 presentes ao patrimônio comum da Presidência depois de já terem deixado o mandato.
Em suma, a regra é clara: Tem uma parte da regra que não é clara, mas subjetiva, dependendo de avaliação do TCU. Se ele mandar devolver, tem que devolver.
Nós também tentamos saber como os campeões em número de itens devolvidos ficavam no ranking do valor financeiro dos itens, mas parece que ninguém fez essa avaliação. E nem precisava, pois como eles os devolveram não havia motivo para estabelecer com exatidão seu valor.
Mas, pensando alto, ninguém pensaria em dar um presente cujo valor financeiro é muito pequeno para o presidente de um país. Seria como dar uma bijuteria do camelô para a noiva que está casando, pegaria até mal. E se você somar todos os 417... Quatrocentos e dezessete!
Loteria
Não que os psicólogos necessariamente pensem assim, mas uma das muitas formas de dividir os seres humanos em termos psicológicos é a loteria. Assim como há pessoas basicamente extrovertidas ou introvertidas, há quem goste ou não goste de jogar. E, se fosse para apostar, eu diria que o Molusco gosta e a Jumenta não gosta.
Supondo que estou certo e ele ainda aposta, como será que paga seus jogos? Bem, talvez um amigo pague por ele, evitando que tenha que fazer os PIX que constituíram o outro "escândalo" da semana contra Bolsonaro.
E será que ele nunca ganhou um premiozinho qualquer? Deve ter ganhado, nem que seja algo pequeno como as duas quadras que Sakanamoto e Tia Reinalda tentaram igualmente escandalizar. Nunca saberemos, pois nosso jornalismo isento não se preocupou em fazer esse comparativo. Pode apostar que não.

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