segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Escândalo na (baixa) sociedade

Nós comentamos o falso escândalo das joias no sábado e Alexandre Garcia escreveu sobre ele no domingo, acrescentando que elas estão em poder do governo desde março. Há presentes que podem ficar com o presidente e outros que não. Bolsonaro consultou o TCU, este respondeu que ele devia devolver aqueles e ele devolveu.

Nós lembramos que o ex-presidiário e sua ajudante tiveram que devolver mais de 400 itens, incluindo até presentes dados a outros presidentes. Alexandre comparou o caso com a da vacina indiana, aquela que nunca foi comprada e cujo problema era alguém ter pedido parte da comissão do vendedor por lhe apresentar o cliente.

Poderia ter comparado com vários outros. Ainda na semana passada, dois dos mais fieis sabujos lulopetistas escreviam, com minutos de diferença, textos em que tentavam associar Bolsonaro à lavagem de dinheiro por meio de loterias. A prova? Ele havia acertado duas vezes na quadra da Mega-Sena (que pagou R$ 613 no último sorteio).

Se você é uma pessoa honesta e relativamente inteligente, logo percebe que quem escreve artigos com acusações desse tipo não possui a primeira das duas qualidades. E se a coisa se repete e os seus autores são sempre os mesmos, a credibilidade desses jornalistas e seus veículos se torna cada vez menor.

A questão é que eles não estão preocupados com esse leitor ou espectador, mas com aquele que, sem condições de analisar por si mesmo o que está acontecendo, só entende o tom de escândalo das reportagens pilantras. E que lhe parece se tornar ainda maior porque estas, como os "atos antidemocráticos", se repetem.

Foi este o teor de um dos comentários feitos aqui no sábado. Como nós poderíamos ainda defender Bolsonaro depois de tantas acusações? Não havia nenhuma contestação ao que havíamos dito. Era como se a soma de várias acusações infundadas valesse por uma com fundamento.

Bem, esse é o objetivo de quem conduz esse tipo de campanha difamatória. Ontem eu vi, em 30 segundos de GN, que eles estavam contando as pessoas que os contestavam nas redes e comemorando o fato delas terem aparentemente diminuído. Esse é o nível desse tipo de jornalismo.

Mas será que as pessoas não estão apenas de saco cheio de discutir? De precisar rebater a mesma desonestidade das outras vezes? Quem foi enganado por esse tipo de imprensa dez vezes e cai de novo num de seus golpes tem salvação? Adianta discutir com que chama senhoras desarmadas de "terroristas" ou coisa parecida?

Dá a impressão que o país está se dividindo quase irreversivelmente em dois. Um lado tende a não acreditar em mais nada do que seja noticiado por gente assim. O outro, por mais que seja feito de bobo, continua sem mostrar capacidade de raciocinar, reagindo como marionete e escandalizando-se a cada nova manipulação.

O problema, para eles, é que a grande maioria das pessoas que lê está no primeiro grupo. A situação de seus veículos impressos deve se tornar cada vez pior. Resta-lhes ainda a enorme força da TV, mas um dia até os mais tontos podem acordar. Vamos ver até onde isso vai.

Nenhum comentário:

Postar um comentário