Dois meses grátis do Globo ou 1,90 e "cancele quando quiser" da Folha? São tantas opções, qual seria melhor? Eu gostei daquela que você paga 24,90 e leva um voucher de 30,00 para gastar no Carrefour. Mas são apenas seis meses, vale a pena economizar 30,60 e depois ficar aguentando o telemarketing do Estadão para não cancelar?
Quando divulgam os números dos que ainda os assinam, é de 1,90 por mês ou coisa parecida que esses jornais estão falando. Se você pegar quem está pagando o que eles dizem que seria a assinatura cheia, o total de assinantes certamente deve despencar. Caso se limite às pessoas físicas, mais ainda.
Assinantes do jornal em papel são raridade. De exemplares avulsos então, nem se fala. Vão longe os tempos em que as bancas de jornal faziam jus ao nome e atraíam passantes que davam uma paradinha para ler as capas dos diários expostas de um lado e, eventualmente, comprar um exemplar.
Quanto aos acessos de matérias via internet, esses dias eu vi a colunista social do PT dizendo que sua Foice é importante porque tem muitos deles. Mas pergunte se ela lembrou de quem, como nós, lê com olhos críticos, para, em geral, logo em seguida detonar a bobagem que eles disseram nas redes. Claro que não.
Chuto que o leitor crítico hoje é maioria. E eles sabem disso, sabem que esse leitor não vai assiná-los e tudo o mais, inclusive que é fácil desabilitar os bloqueios que criaram para limitar o acesso dos não assinantes. Não bloqueiam para valer porque lhes interessa ter muitos acessos para apresentar.
Quer dizer, a direção do jornal deve saber. Se o jornal for a Foice e ela não sabia, deve ter aprendido depois de passar vergonha com ridicularias como o tal Use Amarelo. Entre a ratalhada, porém, deve estar cheio de gente que se fechou em sua bolha e se recusa a ver o que acontece lá fora.
Gente como o foicista "especialista em ciência", para quem a missão do "jornalismo brasileiro" era colocar a população contra o presidente. Ou como a bebum que acreditava que a população não havia comparecido à manifestação contra Bolsonaro porque as empresas não liberaram seus funcionários para as novas Diretas Já.
Nem todo jornal é como os citados na imagem, evidentemente. Mas o fato dos três maiores terem se colocado contra a metade mais alfabetizada da população (e não raramente tratá-la de forma ofensiva, apelando a reportagens mentirosas) levanta a curiosidade sobre o futuro que os aguarda.
Terão o destino do Jornal do Brasil ou de revistas como O Cruzeiro e Manchete? Conseguirão sobreviver de verbas públicas ou do patrocínio de empresas da mesma corporação? Insistirão em se apresentar como donos da verdade enquanto a deturpam a cada passo? Se tornarão uma espécie de 247 chique, dedicado apenas aos petistas que sabem ler?
Sei lá, talvez nenhum de nós viva o bastante para ver onde desembocará o caminho que essa gente decidiu trilhar. Por enquanto, aqui e ali, eles vão percebendo que a sua capacidade de influenciar é bem menor do que estavam imaginando. Hoje, por exemplo, lá no meio do Ex-tadão, tem um título que diz:
Apoiadores de Bolsonaro ignoram caso das joias e fecham com ex-presidente; leia análise.
Não li a análise, mas gostaria de saber como eles entendem esses resultados. Concluirão que essas malandragens não estão dando certo e as deixarão de lado ou manterão a aposta e partirão para a próxima?
Na segunda hipótese, aquela de esquentar dinheiro através das loterias foi pouco explorada, só Tia Reinalda e Sakanamoto a levantaram. Está certo que o Bozo só acertou duas quadras, mas se você juntar os primos e os vizinhos (do Condomínio do Mal) certamente vai encontrar mais premiados. Na falta de coisa melhor, é uma opção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário