Quem disse que a gente nunca pode concordar com os comunistas? Eu, por exemplo, concordo com aquele que transformou o Maranhão numa potência econômica e foi tão eficiente em termos de segurança pública e controle de presídios que acabou, com justiça, no ministério relacionado ao tema.
Depois ele mudou. Mas não foi só ele, foram todos. Diziam que a urna eletrônica podia ser fajutada sem voto impresso e viraram a chave quando se viram capazes de nomear os que comandariam o processo. O PDT, que reclamou de Bolsonaro no TSE, era assim, Zé Dirceu tinha um projeto que retirou quando o Lara chegou ao poder, todos.
É natural duvidar. Quase todo mundo sabe que um sistema complexo pode ser parcialmente alterado por seu programador de uma maneira praticamente impossível de ser descoberta. Pergunte aos técnicos que homologam os programas que emitem nota fiscal se eles detectam os que depois emitirão "meia-nota". Não conseguem.
Imagine então um bando de advogados ou coisa parecida olhando a caixinha preta por fora e dizendo que ela funciona porque disseram que ia sair x e saiu x no teste de que participaram. Informe-se, procure saber como a Volks fez um sistema que funcionava de um jeito no teste e de outro na prática (e esse é só um exemplo bobinho).
As dúvidas só aumentam com as "explicações" oficiais. A clássica é a daquele que trata o cidadão como "mané": quem duvida da urna deve provar que seu programa está viciado. Como se isso fosse possível ou como se não fosse seu guardião temporário que precisa provar aos donos dos votos que não os está desviando.
Um pouco melhores são as do responsável técnico pelo assunto no TSE. O cara fala pouco, mas procure uma de suas entrevistas e note que ele, que certamente não quer ser confundido com algum jornalista desonesto ou desinformado, nunca diz que a fraude é tecnicamente impossível.
Ele diz que é difícil. E suas duas justificativas são baseadas na quantidade: o sistema tem muitos níveis de segurança pelos quais a fraude teria que passar sem ser detectada, existem muitas pessoas (programadores e outros) com quem seria necessário combinar a malandragem.
Bem, se o ladrão tiver 50 portas para abrir e souber as senhas de todas, o roubo é só questão de tempo. E quantas pessoas são? Quando a urna eletrônica começou o TSE não tinha 20 programadores. Quantos são os que importam hoje? Meia dúzia? O dobro. Qual é a dificuldade de oferecer-lhes um combo em que aceitar significa muitos milhões no exterior e recusar significa a família sofrer um acidente?
E nem precisa. Basta um (01) sujeito levar as informações necessárias para que os hackers russos refaçam todo o sistema com aquela pequena modificação - e o "pequena" não está aí por acaso, creio que seria difícil e arriscado trabalhar sobre milhares de nomes e esses processos não iriam além de um cargo, o mais importante.
Mas depois ainda precisaria gravar os pendrives com esses sistemas alterados e levá-los até as urnas. Ok, dê uma olhada em como esse transporte é feito e pense que os caras trocam até quadro em museu por falsificado. Não daria certamente para mudar todos os pendrives, mas daria para fazer isso com vários.
Minha opinião particular é essa. A fraude é reduzida a um cargo no segundo turno e, provavelmente, só a nível nacional. E apenas algumas urnas são efetivamente fraudadas. Isso garante tudo? Não. Faz diferença? Pergunte ao camarada que eu citei lá no início, pois foi ele quem disse:
"Numa eleição apertada, basta fraudar uma urna para alterar o resultado."
Viu? Quem disse que não dá para concordar com os comunistas?
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