segunda-feira, 12 de junho de 2023

Estábulo eleitoral

Você já entendeu, maior taxa é mais escuro, menor é mais claro. Mas taxa de quê? De estados que mais recebem impostos do que pagam ao poder central contra o inverso? Dos que têm mais gente que vive de auxílio governamental? Dos que mais votam em corruptos que querem nos censurar?

Não deixa de ser, pois as quatro coisas andam juntas. Mas a distribuição acima diz respeito à quarta, que na verdade é a primeira quando se procura a causa desses fenômenos. Trata-se do percentual de analfabetos sobre a população de cada estado, que sempre é maior nos que vivem às custas dos outros.

Segundo os números divulgados na última semana, ainda temos cerca de dez milhões de pessoas em idade de votar que não sabem ler ou escrever. Suponha que três ficaram em casa no dia da eleição, não é difícil imaginar que cinco entre os demais votaram em quem se sabe. E só aí você tem mais que a diferença final.

Não estou exagerando, pelo contrário. O candidato dos analfabetos só tem um desempenho melhor entre os bandidos, que, como comprova a pesquisa prática e estatisticamente mais relevante que a de qualquer "instituto", seguem as ordens de suas centrais e votam nele em quase 90%.

Tempos atrás tínhamos quase um milhão de pessoas presas. Contando os que não estavam no xilindró, quantos serão, no total, os meninos da cervejinha? Desconfio que é mais, mas eles não passarem de três milhões você já tem, de novo, mais que a diferença final em um único segmento da população.

Pior ainda, voltando ao analfabetismo, um assunto puxa o outro e existem os analfabetos funcionais, pessoas que não conseguem entender ou escrever um pequeno bilhete, cujo número, segundo estimativas, chega a quase um terço da população.

O analfabetismo total tem diminuído, mas o funcional não sai muito do lugar. E outros países também têm índices altos, mas seus critérios são mais rígidos que os nossos. O resultado disso aparece nos testes comparativos, em que, nas últimas décadas, a cada ano nos saímos pior.

E nada indica que vai melhorar. Quando isso poderia ter acontecido, veio a pandemia, o STF se meteu onde não devia e as crianças foram retiradas da escola (coisa que a Globo defendeu na época e agora, após esconder as reportagens antigas, chama de criminosa). Com a volta do lulopetismo, responsável direto pela queda, pode esquecer.

Por que eles se preocupariam em tornar as crianças aptas a entender ideias mais complexas e raciocinar por conta própria? O que lhes interessa é ter robozinhos treinados que, com dificuldade para ler, possam ser manipulados por meios mais fáceis de controlar como o rádio ou a TV.

A educação "paulofreire" não é um equívoco, ninguém se equivoca 20 anos seguidos. Aparelhar e perverter as instituições é importante para seu projeto totalitário. Mas eles sabem que não enganam mais que uma minoria entre os que realmente adquirem algum conhecimento e cuidam de manter sempre cheios seus celeiros eleitorais.


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