quarta-feira, 14 de junho de 2023

A imprensa que virou lixo

"Eu não estou ali para puxar o saco do Lara" é a frase do dia. Seu autor é o lulopetista Marcos Uchôa, que, de modo sintomático, foi escalado justamente para fazer o que disse que não faz na live que alcançou um milhão e meio de acessos simultâneos. Quer dizer, foram apenas seis mil. O milhão e meio era mais uma mentira do Uchôa.

Outro que passou as últimas duas décadas agarrado às bolas de Lara é o Kotscho, que hoje lamenta as agruras enfrentadas pelo sociopata que chama de amigo. O coitadinho só se incomoda, ninguém o auxilia. Pois é, ele devia sair às ruas e chamar o apoio daqueles milhões que assistem suas lives. Ah, era mentira, esqueci.

Quem teve uma ideia para resolver o problema foi a Elaine Canhotede (o Oi Luiz que criou). Como o mundo não se adapta ao Lara, sua solução é deixar que ele conserte o mundo, fechando o Congresso através de uma "reforma política" no melhor estilo bolivariano. É feio igual, mas tem gente que vai perdendo a vergonha aos pouquinhos.

Alguém a chamou de golpista ou acusou o Uchôa de espalhar fake news? Claro que não. Mas imagine se fosse do outro lado. Os dois casos estariam nas manchetes e a própria Canhotede estaria horrorizada com o ataque à democracia, gritando as palavras de ordem que o gado petista repetiria servilmente por aí.

Negacionista

Apesar dos exemplos acima, que nem estão entre os piores, o mais grave não é a imprensa ter lado, mas não ter dúvidas. Principalmente ao tratar de política (poder, dinheiro, vendetas pessoais & cia.), o jornalista deveria agir como o policial que anota o depoimento dado, mas desconfia de todo mundo.

Nesse sentido, nada deveria ser mais natural que um membro da classe questionar a validade e as consequências econômicas de lockdowns indefinidos, colocar em dúvida a eficácia de produtos desenvolvidos a toque de caixa e exigir clareza sobre contratos que envolvem cifras públicas várias vezes bilionárias.

Ou seja, tudo ao contrário do que aconteceu como regra durante a pandemia. Vá lá que o gado manipulado acusasse quem pensava livremente de "negacionismo" (o moderno "feitiçaria"), mas que a imprensa se prestasse a esse papel de modo praticamente unânime foi o que cravou o prego que lhe faltava.

E não foi só contra os "bolsonaristas", não foi uma desonestidade política. Esse pessoal agiu assim até contra colegas à esquerda, quem quiser exemplos disso pode dar uma olhada no twitter da Paula Schmitt, que, conforme a verdade vai aparecendo, se dedica a esfregá-la na cara de quem antes a acusou. Acusou de quê? De pensar.

Evitando a "informação"

Não é por acaso que uma pesquisa internacional do Reuters Institute constatou que 41% dos brasileiros evitam "se informar", trocam de canal na hora do noticiário e coisas do tipo. No ano passado, com eleição e restos da epidemia, estava ainda pior e o número chegava a 54%.

Então a imprensa recuperou um pouco da credibilidade? Que nada, apenas 48% dos brasileiros acreditavam no que os jornalistas lhe contavam no ano passado. Agora, com o show de Canhotedes e Uchoas, são 43%. Cá para nós, ainda está muito mais alto do que essa turma merece.

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