A novidade é que não há novidade alguma. Quando já nos aproximamos de meio ano de desgoverno, o assunto da jornalistada que fez o L continua a ser o governo anterior. E, nada de grave tendo encontrado, a turma agora se agarra a qualquer asneira, de um cartão de vacina a um boleto pago em dinheiro.
Gente como o Sakanamoto, cuja ONG perdeu os milhões que recebia do lulopetismo, é mais rancorosa e agressiva. Mas eles são legião. E imagino que na TV, onde podem atingir os analfabetos e semianalfabetos em cuja ignorância se sustentam eleitoralmente, é muito pior.
Esses dias, segurei a respiração e consegui assistir a cerca de um minuto da asquerosa Globo News. O assunto da repórter era normal, um detalhe qualquer do desgoverno. Mas, naquele letreiro que vai passando na parte de baixo da tela, havia umas três referências a Bolsonaro.
Só não sei se é mais feio isso ou querer se fazer de ingênuo e imparcial, como o nosso prezado Ex-tadão. Hoje, um dos editoriais do jornal constata, com pesar, que o Nine quer usar o MST em sua "vendeta pessoal". Logo acima, uma colunista reclama que a "agenda econômica de esquerda" não foi eleita. Coitados, não sabiam.
O lado cômico dessa história é que muitos deles parecem acreditar no que publicam. Num exemplo disso, Joel Pinheiro da Fonseca, colunista da Foice que até não é dos piores, começa dizendo, corretamente, que o que acontece à direita dos EUA indica o que pode acontecer com a nossa. Mas aí é que vem o problema.
Você alguma vez pensou que, passada a eleição, o eleitor do Trump diria "bem, ele perdeu, vamos largar esse cara e procurar outro nome por aí"? Ou imaginou que os poucos que ainda o apoiassem deixariam de fazê-lo quando ele se tornasse alvo de processos judiciais claramente direcionados?
É claro que você não levaria essas asneiras a sério. Mas, vivendo naquele mundinho em que desejos passam por jornalismo, Joel levou. E se surpreendeu ao perceber que a perseguição ao Donald reforçou seu status de inimigo do sistema, passando a temer que o mesmo ocorra aqui com Bolsonaro ou quem ele indicar. O Joel não sabia mesmo.
Paulo Francis dizia que o herói moderno era o gay. No seu tempo, realmente era. Agora, no entanto, é o trans. Pois uma dessas figuras, que usa o nome Lisa Gomes e trabalha como repórter da Rede TV, foi entrevistar o cantor Bruno (da dupla com Marrone), que ao invés de responder lhe perguntou: "Você tem pau?"
Pra quê? Lisa conta que na hora ficou macho (ops) e precisou se segurar para não cobrir o sertanejo de porrada. Mas depois teve uma crise de ansiedade e está vivendo à base de calmantes enquanto pensa num modo de processar o "agressor" por lhe fazer lembrar de algo que gostaria de esquecer.
Ô, Lisa, não seria melhor contratar um psiquiatra do que um advogado? Virou moda, agora até você quer decidir o que os outros podem ou não dizer? Quanto ao Bruno, entenda, você quando fica mal toma calmante, mas ele enche a cara e dorme na praça. E aí é prudente saber se quem está por perto tem pau ou não.
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