Natureza exuberante, clima excelente, temperatura que oscila entre 24 e 32 graus, águas límpidas e transparentes, localizado no Oceano Índico, a 1.500 km da costa leste da África, um pouco acima de Madagascar, o arquipélago das Seychelles é formado por 115 ilhas, uma das quais é significativamente conhecida como Jardim do Éden.
Restaria explicar como Adão e Eva saíram de lá sem jangada, mas, exceto por esses detalhes, a população de menos de 100 mil pessoas só precisaria dos turistas que deixam uma graninha por lá todo ano (330 mil fizeram isso em 2022) para viver com certo conforto nesse paraíso tropical.
Pois qual não foi minha surpresa ao saber, pela BBC, que cerca de 10% da população local (de toda ela, não só da adulta) é composta por usuários frequentes (viciados) de heroína. Não sei se alguma das trocentas agências da ONU mede isso, mas deve ser um recorde internacional.
Claro que se você incluir coisas como maconha e contar consumo abusivo de álcool como droga, nós devemos ter mais de 10% de usuários frequentes. A maioria dos países ocidentais deve ter. Mas também devem existir bêbados e maconheiros nas Seychelles e o problema é o estrago que cada substância pode causar.
No fim, aquela piada em que Deus termina dizendo "mas você vai ver o povinho que eu vou colocar lá" não se aplica só ao Brasil. Na verdade, aproveitando que mencionamos o assunto antes, ela vale desde o Éden.
Aqui só é um pouco pior. Ou você conhece algum outro lugar em que quase 40% dos eleitores decide votar num incompetente condenado de modo unânime nas três instâncias técnicas ou não consegue ver diferença entre seu governo e o de quem melhorou o país até com pandemia e saiu de lá sem um só caso real de corrupção?
Não há álcool ou heroína que explique coisas desse tipo. Deve ser alguma coisa que botaram na nossa água.
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