Mais uma fake news desmascarada. Ao retirar o "órgão regulador" do projeto que oficializa a censura no Brasil, o comunista Orlando Silva deixou evidente que ele era aquilo mesmo que se pensava, uma tentativa de deixar na mão de seus amigos, ali chamados de "representantes da sociedade", a decisão sobre o que é ou não verdade.
Quem os representantes representariam? Quem os escolheria? Trata-se do modelo bolivariano dos "conselhos populares", que o PT aplicou onde pôde. Os próprios membros do conselho elegem "democraticamente" quem ocupará suas vagas, mas os primeiros são escolhidos pelo Executivo lulopetista. E a partir daí a coisa fica só entre eles, sai um membro da CUT para entrar um do MST, sai o do MST para entrar um pior.
No entanto, não há quase nada a comemorar. O órgão regulador não era nem o bode da sala, mas apenas o mais malcheiroso do rebanho, o aspecto mais escandaloso de um projeto sintomaticamente apresentado por um adepto do comunismo, o movimento que sempre se mostrou inimigo mortal da liberdade de expressão.
Como chegamos a esse ponto, como decaímos tanto? Parte da resposta é que isso também é reflexo do erro que foi estender o voto aos analfabetos em 1985, uma decisão que rebaixou o nível dos políticos em geral e permitiu o surgimento de aberrações como o ex-presidiário e vários de seus correligionários.
Eleitos com significativa participação de eleitores que, quando muito, mal escrevem ou leem, eles não precisam se preocupar com a possibilidade de perder os votos de quem não se sente, com razão, minimamente afetado pela censura. Podem até fazer campanha dizendo que votaram contra a mentira.
Já o lulopetista com alguma instrução, que constitui o restante do seu eleitorado, chama um pouco mais de atenção. Que satisfação doentia essa gente sente em calar os adversários, em puni-los pelo que dizem? E como aceitam bovinamente que alguém defina o que eles mesmos podem ou não falar? Essa mistura de maldade com servidão devia ser melhor estudada pelos psiquiatras.
Mas só isso não bastaria. O atual projeto de censura só chegou até aqui e só poderá ser aprovado com o concurso de deputados que decidiram apoiá-lo em troca de algum benefício oferecido pelo Executivo. O que significa dizer que ele não teria chance alguma de ir em frente se o Executivo estivesse em mãos de quem defende a liberdade.
É o que estava escrito no primeiro item daqueles banners enormes que listavam as diferenças entre os dois candidatos que chegaram ao segundo turno da última eleição: Liberdade x Censura, essa era a escolha entre um e outro.
Como explicar então que alguns que se apresentavam como anticomunistas e defensores da liberdade tenham ficado magoados porque queriam alguém perfeito (que nem sabiam quem era) e, como crianças mimadas a quem algo foi recusado, batido o pezinho e decidido auxiliar o candidato da censura ao não votar em ninguém?
É mais um tema para a psiquiatria. Ou, pelo menos, para umas boas palmadas.
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