Mas imagine quantos empregos seriam criados. O Uber faz mais ou menos o dobro de entregas dos Correios, este teria que contratar milhares de novos funcionários para substituir o aplicativo, talvez até mais que um milhão. Não estão reclamando que as demissões só crescem com o ex-presidiário? Está aí a solução.
E o serviço poderia ficar mais barato, por que não? Haveria uma alternativa em que você veria os roteiros das peruas que levam encomendas e solicitaria a que mais se adapta ao seu caso. O motorista poderia parar para fazer uma ou duas entregas no caminho, mas seria uma boa para quem está sem pressa e não quer gastar muito.
Para os apressados, o conceito seria o mesmo do sedex com hora marcada. No modo normal o entregador não perderia tempo carregando e descarregando a encomenda. Mas ele poderia descer e acompanhar a pessoa até a porta de casa na opção de viagem registrada, baseada na tecnologia, já existente, da carta registrada.
E aqueles casos em que o carteiro bate três vezes na sua casa e não encontra ninguém porque todos estão trabalhando? Você poderia solicitar um transporte da empresa para a residência e o motorista lhe entregaria a encomenda em mãos e ainda descontaria o valor das três tentativas da sua conta. Uma vantagem em cima da outra.
O pessoal é muito antiquado, muito bolsonarista, não consegue compreender essas ideias revolucionárias. Mas deixe o Uber sair do país para ver. Com o tempo, até picanha grátis os Correios vão entregar.
Outra boa ideia
Aproveitando a oportunidade, o Uber pelos Correios é só mais uma das boas propostas do atual ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Entre outras inovações, ele pretende rever as regras das MEI para "facilitar contratações com carteira assinada".
Segundo o petista, o MEI pode ter seu carrinho de pipoca. Mas não pode economizar algum, comprar um segundo carrinho e cobrar pelo uso deste do seu primo que, com isso, poderia virar MEI também. Não pode, ele tem que contratar o primo com carteira assinada, pagando todos os direitos.
Alguém poderia contar para o ministro que não são só duas opções. Também existe a terceira, que é o sujeito deixar o dinheiro do segundo carrinho no banco, sem os custos e os riscos de manter um empregado regular. O primo que arrume uma vaga nos Correios quando eles começarem a contratar feito loucos.
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