segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

O antigo e o novo

Onde foi que você leu que a oposição conseguiu as assinaturas para abrir a CPI do chamado "8 de janeiro"? Folha, Estadão, O Globo? Podemos apostar que foi a opção D, nenhum dos anteriores. Se a notícia saiu nos jornalões foi lá no cantinho, tanto que o Google não liga o tema a seus nomes.

O máximo que se encontra está nos veículos de segunda linha desses grupos e da maneira deturpada que se tornou habitual desde que essa gente fez o L. Exemplo: o Valor anunciando que um deputado bolsonarista "diz ter" as assinaturas para a CPI dos "atos golpistas".

Do mesmo modo, tente encontrar notícias sobre a negativa da Interpol em colocar o Allan dos Santos na lista de procurados e dos EUA em extraditá-lo. O pouco que aparece nos jornalões é truncado, desvirtuado por expressões como "ainda não", que tentam passar a ideia de que só faltam detalhes burocráticos para tudo se concretizar.

Os que se diziam heróis da liberdade de expressão simplesmente omitem que as negativas se devem ao mérito da questão: o "blogueiro bolsonarista" está sendo perseguido por suas opiniões e não tem direito à ampla defesa, talvez nem seus advogados tenham acesso às acusações que lhe fazem.

Pense ainda na jornalista que inventou a história dos zaps que teriam alterado a eleição de 2018. Como você soube que ela é petista assumida e seu pai recebeu, por ordem do PT, milhões do dinheiro que o partido desviou juntamente com a Odebrecht? Deu no New York Times? Saiu num dos jornais acima citados?

Nananina, essa é mais uma coisa que você soube através das redes sociais. Se dependesse da nossa grande imprensa jamais saberia. Então, quem melhor cumpre o papel de informar, a turminha que se reúne na mesa do bar e decide o que deve ser publicado ou as redes onde isso se torna muito mais difícil?

É evidente que as redes também podem ser tomadas por militantes e muitas das notícias que lá aparecem são copiadas da imprensa tradicional. Mas, quando se trata de permitir que o público seja bem informado, é inegável que hoje elas já são mais importantes que jornais como os que foram mencionados.

Quanto ao lixo que lá existe, a experiência mostra que basta um pouco de prática para garimpar o que presta no meio do lodo. É melhor ter que realizar esse trabalho de vez em quando ou se submeter à ditadura dos dois ou três que se combinam para omitir o que não lhes agrada?

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Na Foice de hoje se lê que, apesar de falar com o descondenado e políticos de outras linhas, o governador de São Paulo "ainda está" ligado ao bolsonarismo. E não é só a Foice que torce para o desligamento, toda a linha auxiliar do PT está com ela. É por isso que eu acho que o próximo vestibular do MBL deveria ter uma questão como esta:

Entre quem se elegeu graças a Bolsonaro em 2018 e depois fez o L, quem conseguiu se reeleger em 2022?

a) Alexandre Frota

b) Joyce Hasselman

c) João Doria

d) Nenhum dos pilantras anteriores


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