quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Macaquismos

A decisão ainda será limitada ao ingresso nas universidades, mas o Supremo tende a acabar com as absurdas cotas raciais. O dos EUA, a Suprema Corte. No que depender do nosso STF, elas têm tudo para se manter desde que perdemos a chance de trocar dois ministros estilo MST por gente contrária a discriminar cidadãos pela cor da pele.

A ironia é que, como toda a agenda identitária, as cotas foram macaqueadas pela nossa esquerda depois de instaladas nos EUA. Assim, se a mudança ocorrer, eles corrigirão seu erro e nós, que nunca tivemos uma fração do racismo contra negros que por lá vigorou, continuaremos a punir jovens brancos contra as alegadas violências cometidas por seus antepassados.

Brancos e de origem asiática, sempre é bom lembrar dos segundos para ressaltar a estupidez dessas "soluções". O bisneto do japonês que nunca teve um escravo na vida e chegou aqui com uma mão na frente e outra atrás vira branco na hora de pagar a conta inventada pelos imbecis que defendem a atual discriminação.

E os lacradores locais não se limitaram às cotas. Macaquearam também o padrão americano de tratar como branco apenas quem tem cara de europeu das antigas. Uma pelezinha mais morena classifica o sujeito como negro, um leve tom azeitonado e o cabelo preto o torna latino.

Só que aqui, no país que mais combateu a discriminação racial do jeito certo, através da miscigenação, o macaquismo teve que pagar seus micos. O sujeito pode se dizer pardo com razão, por ter antepassados negros, mas ser classificado como branco pelo tribunal racial que analisará sua entrada na faculdade.

Tribunal racial! Pode? Segundo nosso STF e a maioria de nossos jornais, pode. Lhes parece perfeitamente normal que um grupo de pessoas olhe para a cara de outra e não só a classifique por raça, mas determine sua ancestralidade sem nenhum critério científico.

E o ridículo da macaqueação vai mais longe. Como os pardos são reunidos aos pretos na hora contar os negros, essa "minoria", que nos EUA é minoria mesmo, acaba abrangendo a maioria da nossa população. E uma maioria crescente, pois como pode ser vantajoso ser negro, cada vez mais gente se classifica como tal.

Tempos atrás, Tia Reinalda e o Instituto Sou da Paz saíram berrando que o país estava se tornando mais racista porque cada vez matava mais negros. E matava mesmo, os percentuais eram claros. Só que o percentual de negros havia aumentado ainda mais no mesmo período, de maneira que, ao contrário do que os idiotas afirmavam, as mortes estavam se tornando proporcionalmente menores entre eles.

Tem como explicar isso para os lacradores? Não tem, quem macaqueia não pensa, só repete o ato limitado sem considerar o contexto. Tem como voltar à normalidade e tratar os cidadãos como iguais, sem considerar sua cor? Com o STF que está aí é praticamente impossível.

Eu acho que a única possível solução para o nosso caso é a tecnologia avançar a ponto dos exames de DNA se tornarem muito baratos e o SUS estendê-los a toda a população para prevenir doenças congênitas ou coisa parecida. Como isso mostraria também quanto cada um tem de preto ou branco e quase todo brasileiro que está aqui a umas cinco gerações é mesclado, viraríamos uma nação de pardos.

"Possível solução" porque nem isso garantiria que os macaqueadores passassem a raciocinar. Mas, no mínimo, nos divertiríamos vendo o STF discutir quanto por cento o candidato precisa ter de sangue negro para pegar a mamata da cota.


Nenhum comentário:

Postar um comentário