quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Entregando o ouro verde

Com a previsibilidade habitual, os militantes de redação noticiaram a visita do descondenado aos EUA como uma prova de que ele é recebido como um igual pelos grandes líderes internacionais. Mas o saldo do passeio foi tão vergonhoso que nem eles insistiram muito no assunto.

O fora da primeira-dama na macumbeira foi só parte do ridículo. Ainda teve o puxão de orelhas no "plano de paz" do idiota, o chá de cadeira que Biden lhe deu, o fato dele se esconder do público como faz no Brasil e muito mais. No fim, restou Tia Reinalda dizendo que o objetivo era mesmo conversar fiado, "alinhar duas democracias".

No entanto, esquecendo a "democracia" - que na boca de um esquerdista serve até para defender a ditadura cubana -, o motivo da viagem pode ter sido o alinhamento. No caso, a subordinação do lulopetismo ao Partido Democrata, a cujas pressões alguns atribuem todo o esquema que permitiu a um condenado acabar na presidência.

A humilhação do encontro adiado pelo Biden e do cancelado pela sua esposa deixou claro que a parceria é caracu. Mas é parceria e os dois mostraram isso declarando-se inimigos da revolução conservadora encarnada por Trump e Bolsonaro e, principalmente, mostrando sintonia na questão da Amazônia.

Ninguém afirmou isto abertamente, mas, como os Genézio Darci da vida defendem aqui e tantos fazem no exterior, Biden acredita que a área deve ser internacionalizada. E o Molusco concorda, tanto que já está defendendo que os países deveriam ser obrigados a respeitar diretrizes internacionais quando se trata de "proteger a natureza".

Resta-lhe fazer o que prega, tomando decisões que afrontariam nossas leis e interesses para agradar alguém de fora. Nossos deputados talvez reclamassem, mas o STF poderia chancelar qualquer absurdo presidencial e criar uma jurisprudência que dificultaria revisões posteriores. Seguindo essa linha, em algum tempo o Brasil ainda seria o proprietário formal da Amazônia, mas ela estaria internacionalizada na prática.

Preocupada em defender seu amado, a mídia brasileira não deu a devida atenção ao baixo valor oferecido pelo americano para o Brasil "cuidar da Amazônia" e ao silêncio do ex-presidiário sobre o tema.

Se desse, poderia acabar perguntando por que eles largariam bilhões de dólares em nossas mãos para "proteger a floresta" quando, instalando um títere no governo brasileiro e garantindo que as decisões tomadas por este não sejam anuladas, podem daqui a pouco ser autorizados a controlar esses valores diretamente.

Se é para soltar dinheiro para o Brasil antes de ter poder sobre a região, devem ter pensado em algum momento os estrangeiros, melhor comprar alguns corruptos que se contentarão com muito menos do que seria dado oficialmente.

Precisamos arrumar um corrupto para mandar naquela bagaça, deve ter sido o próximo pensamento deles.


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