quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Diretoria de clima e cidade

Pois a Foice agora tem uma coluna, editada pela vice-presidente do conselho deliberativo local da Oxfam - aquela dos escândalos sexuais - e pela coordenadora executiva da rede ABCD (Ação Brasileira de Combate às Desigualdades), que "examina as várias desigualdades que afetam o Brasil e as políticas que as fazem persistir".

Muitos cargos com jeitão de grande empresa, muitas redes sob as quais se abrigam outras tantas entidades, só a Oxfam se orgulha de coordenar duas dezenas de organizações de caridade e milhares de parceiros. É muita gente dedicada a corrigir o mundo e fazer o bem.

Gente como a autora do artigo que hoje ocupa a coluna, Mariana Belmont, que, apesar do nome cristão e europeu, se apresenta como militante da Uneafro Brasil e diretora de Clima e Cidade do Instituto de Referência Negra Peregum.

Peregum, descobri agora, é uma folha usada no candomblé. E o tal instituto tem só três anos de existência, mas já conta com patrocinadores como Volvo (!), Luminate (do cara do Ebay), Fundação Tide Setubal (da petista riquinha) e os onipresentes Ford Foundation e Open Society.

O salário da Mariana deve estar garantido, mas o que ela faz? Ora, fala do clima na cidade usando os negros como referência. E foi do alto dessa autoridade que a moça tascou seu veredito: a culpa pela tragédia no litoral não é da chuva, mas do "racismo ambiental".

Que seria isso? Dizer que o tempo está feio quando as nuvens ficam escuras? Fechar a porta depois do branquelo entrar e deixar o negrão no temporal? Não, não. No caso, consiste em condenar a população negra e pobre (Mariana não distingue uma coisa da outra) a morar em áreas perigosas sem fazer obras que as corrigiriam.

Provas? Segundo a estudiosa, em Pinheiros e outros bairros existem várias casas de brancos ricos (também são a mesma coisa) que ficam em áreas inclinadas e não são levadas pela enxurrada.

Bem, com terreno firme e fundação adequada, é possível construir até na beira do abismo. Mas, em sua singeleza, a diretora de clima acredita que todos os declives são igualmente frágeis e isso pode ser facilmente corrigido em todos os casos. O que os diferencia são apenas as obras que a prefeitura só faz para os brancos.

Nem lhe passa pela cabeça que a culpa pode ser sim da prefeitura, mas está muito mais em permitir que as pessoas construam moradias inseguras em áreas perigosas. Pelo contrário, se amanhã alguém do seu partido comandar a invasão de uma delas e o poder público decidir retirá-las da lá, Mariana gritará:

- Racismo ambiental, racismo ambiental!

Não parece um trabalho difícil e o Soros deve pagar bem. Alguém sabe como a gente se candidata a uma vaga de diretor de clima e cidade?


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