terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Vivendo no exterior

Passou-se um mês e ainda não vimos o escolhido pelas urnas eletrônicas sem voto impresso e auditável assistir a uma partida de seu time no estádio ou passear por uma avenida deste país. Como fez durante a campanha, o suposto rei de popularidade continua a fugir do contato com o povo de verdade.

Claro que a imprensa tendenciosa faz de conta que não percebe isso. E gente como a convertida Tia Reinalda chega ao ponto de omitir a ausência do seu querido Apedeuta e criticar a de Bolsonaro, que permanece nos Estados Unidos e já teria sido até esquecido por seus eleitores em função disso.

É o mesmo pensamento desejoso de mbls, frotas e que tais. Mas a realidade é bem diferente. Não há, e não haverá no futuro próximo, candidato oposicionista mais forte que ele ou quem contar com o seu apoio. Bolsonaro é o líder natural da oposição ao lulopetismo.

Ah, então ele deveria voltar e comandar um grande movimento pelas ruas do país? Penso que não. No mundo invertido do atual regime de exceção, quando bastaria que um juiz politizado alegasse que ele fez um "discurso antidemocrático" para decretar sua prisão, isso só serviria aos seus inimigos.

Sem as garantias que hoje nenhum cidadão brasileiro tem, ele deve permanecer no exterior o quanto julgar necessário. E creio que deve continuar relativamente quieto por enquanto, mas pode depois exercer um papel mais ativo, de liderança efetiva, sem aparecer pessoalmente por aqui.

Isso já era possível muito antes das redes sociais. Para citar um só exemplo, Khomeini, que em 31 de janeiro de 1979 estava embarcando no voo que o levaria de volta ao Irã após 13 anos de exílio, liderou a derrubada do Xá - alô Farah Diba, que nomezinho inesquecível! - do exterior.

É preciso dar tempo ao tempo e agir de acordo com o que for acontecendo. Muita água vai rolar debaixo da ponte, inclusive da exterior. No próximo ano ainda faltarão dois anos para a nossa, mas teremos eleição para presidente nos EUA. E se Trump ou alguém como ele voltar ao poder, as pressões podem ser outras em nível internacional.

Muita coisa coisa também pode mudar internamente. É evidente que os inimigos são fortes, mas eles sempre parecem ser antes do fim e fatos como o medo que o ex-presidiário sente do povo recordam seus enormes pés de barro. Mantenhamos a calma e vamos à luta, não adianta se precipitar.

Quanto à Farah Diba, ela está com 84 anos e vive nos EUA. Como Bolsonaro, hehe.


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