segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Consórcio de falsidades

Agora que ele chegou oficialmente ao fim, o melhor que se pode dizer sobre o tal Consórcio de Imprensa é que os veículos que dele participaram não esconderam que estavam trabalhando em conjunto. O pior que ele nos trouxe foi, evidentemente, a sua oceânica desonestidade.

O motivo alegado para criá-lo - revelar o verdadeiro número de mortes causadas pela covid - já embutia uma falsa acusação de que o governo Bolsonaro tentaria maquiá-las como fez o argentino (conforme nós acompanhamos e demonstramos em certa época), o chinês e tantos outros.

Isso nem seria possível aqui, onde os estados são responsáveis pela saúde pública e bastaria somar seus números para chegar ao total. Mas sonegar essa informação básica fazia parte da verdadeira intenção da iniciativa, que era culpar o presidente pelas mortes e pela pandemia em si.

No caso em questão, a única influência direta do governo central estaria no seu direito exclusivo de decretar lockdowns e medidas similares. Mas, desde que o STF chutou a lei e estendeu esse direito a qualquer prefeitinho do interior, que diferença fez a opinião de Bolsonaro sobre o assunto?

Os governadores tiveram todo o poder em mãos e nem o mais pilantra dos consorciados conseguiria negar que todos receberam recursos extraordinários da presidência. Para o bem e para o mal, eles deveriam ser considerados os principais responsáveis pelo que aconteceu em seus estados.

Mas não. Os caras "compravam" respiradores que nunca foram entregues, não mostravam capacidade de abastecer seus hospitais com insumos básicos, tomavam medidas ridículas como diminuir o transporte coletivo e obrigar as pessoas a se aglomerarem. E o consórcio por tudo isso culpava Bolsonaro.

E as tentativas de buscar paliativos para o mal? Ao invés de elogiá-las ou apenas questionar sua eficiência, o consórcio as tratava como criminosas. Nossos médicos usaram a ivermectina em larga escala, todos sabem disso por experiências pessoais, mas precisaram fazê-lo em segredo para não serem acusados pelos jornais.

Com as vacinas foi ainda pior. O consórcio não admitia críticas a nenhuma delas, escondia o fato de que nosso governo foi dos primeiros a fomentar o desenvolvimento de uma das melhores e até onde pôde tentou passar a ideia de que o mundo estava vacinado enquanto no Brasil o presidente não permitia que nos salvássemos.

Cumpriu seu objetivo

Boa parte da população continuou a raciocinar por conta própria e não caiu na conversa dos malandros da imprensa. Doria, o Docinho de São Paulo, um dos que mais surfou nessa onda de mentiras, acabou o mandato em desgraça política e precisando se esconder da população de seu estado.

Mas o país tem muita gente sonsa e manipulável. E não apenas entre os mais ignorantes que formam o grosso do eleitorado adversário. Basta puxar pela memória para ver que muitos dos que acabaram caindo na conversa de não votar contra o lulopetismo entraram nessa pela porta que associava Bolsonaro à pandemia.

Pode parecer que foi muito esforço para converter uma pequena minoria. Mas, além das demais malandragens, foi assim, de milho em milho, catando imbecis onde pudessem, que eles chegaram lá. O Consórcio de Imprensa cumpriu o objetivo para o qual foi criado.



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