sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Quem é o culpado?

Um processo que começa com a lei sendo rasgada para reabilitar um criminoso condenado nas três instâncias técnicas está inevitavelmente viciado, ainda mais se ele for conduzido pelos que cometeram a barbaridade inicial. Mas, deixando-a de lado (no Brasil é assim), quem é o culpado pelo resultado final?

Foram pouco mais de dois milhões de votos, quase nada frente ao eleitorado brasileiro. E é óbvio que eles se distribuem por toda a sociedade. Mas a que parcela desta ou do processo em si poderíamos atribuir isoladamente a responsabilidade pelo desastroso resultado? Temos alguns suspeitos.

Fraude

Você pode guardar os recibos de depósitos e retiradas para confirmar o extrato do banco e pode somar os Boletins de Urna para comparar com a contagem do TSE. Mas você nunca saberá se os BUs estão certos ou se o programa que lhe mostraram numa apresentação não contém truques internos e foi realmente instalado em todas as urnas.

Como o Exército confirmou e todos os que entendem a diferença entre auditar um processo e uma parte dele já sabiam, as urnas podem ser fraudadas. E quem as controlava era o pessoal que mostrou ter lado desde a supracitada descondenação, qualquer pequena maracutaia vinda daí poderia ser a causa do problema.

Um rápido exemplo. Em comparação com eleições passadas, este ano nós tivemos uma súbita redução de votos brancos e nulos de quase seis milhões (três vezes a diferença entre os candidatos). Não poderia estar aí, na alteração do voto de que ninguém reclama, a chave de tudo?

Isentões

O mais estranho é que os votos brancos e nulos deviam ter aumentado, pois muitos que se diziam antipetistas e tenderiam a votar no adversário do Molusco caíram na conversa de MBLs e Antagonistas e, por bobagens como uma frase solta ou coisa similar, não votaram em ninguém.

É claro que esses votos fizeram diferença, mas não creio que só eles pudessem alterar o resultado. É difícil acreditar que existam mais de dois milhões de eleitores obtusos o suficiente para considerar que a melhor maneira de combater o lulopetismo seria levá-lo de volta ao poder.

Analfabetos

Há doutores estúpidos e analfabetos espertos, mas a norma é o contrário. A degradação da educação na era petista não é ocasional, pois o partido depende da manipulação dos mais desinformados e jamais teria vencido uma eleição nacional se a regra que proibia os analfabetos de votar não tivesse sido anulada em 1985.

Fornecer título de eleitor apenas a quem completar o ensino básico livraria o país de muitos problemas e estaria em linha com a obrigação de todo cidadão concluir o ensino médio. Como nada disso existe, o petismo surfa na ignorância geral e só entre os 11 milhões de analfabetos totais teve uma vantagem muito superior aos dois milhões.

Bandidos

Chegando a quase 90%, os percentuais das urnas em presídios comprovam que a maioria dos bandidos obedece às orientações das facções para votar no partido-quadrilha e no companheiro que considera que eles têm direito a fazer um roubinho (e ocasionalmente cometer um latrocionozinho) para tomar sua cervejinha.

O Brasil tem cerca de 800 mil presidiários e a maioria deles não vota, mas quantos bandidos estão nas ruas e com o título eleitoral em dia? Como aqui se prende muito pouco, pelo menos uns três ou quatro milhões. Com a popularidade que tem entre os ex-colegas, o meliante tirou entre eles bem mais que os dois milhões.

Concluindo nossa pesquisa, podemos dizer que não deve ter havido nenhuma novidade. O culpado está entre os suspeitos de sempre.


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