Segundo o que podemos chamar de visão "mainardi-mbl" da história, o maior pecado de um presidente não é roubar ou não saber enfrentar os desafios de seu governo, mas dar declarações que afetem os mais sensíveis. Ai, porque ela falou das meninas... ai, porque o Bob Jeff... eles vão enfileirando esses crimes.
Para quem costuma lidar com pessoas reais (sempre imperfeitas) em situações reais (idem), essas são apenas bobagens secundárias. Mas, tudo bem, quem se considera mais à direita e mensura os políticos por critérios como esses tem todo o direito de se afastar de Bolsonaro e sair em busca de outro nome.
Quer dizer, teve no primeiro turno, quando se tratava de escolher o candidato para 2022. A questão é que, desde então, eles passaram a discutir (como ainda fazem) qual seria o melhor nome para 2026. De 2023 até lá, eles concordam que precisarão aguentar um presidente de que não gostam.
E aí é que se torna difícil entender a opção dos camaradas por auxiliar a esquerda negando seu voto à "direita xucra" (como dizia Tia Reinalda).
Em primeiro lugar, Bolsonaro não poderia concorrer em 2026 caso fosse reeleito. Seria até natural discutir seu sucessor. Agora, no entanto, ele começa como o candidato mais forte, com mais popularidade, conexões com os evangélicos e militares etc. Sua não reeleição só dificultou a vida de quem quer outro nome à direita.
E tem mais. Por exemplo, que vantagem há em substituir, no STF, dois militantes do PT por dois militantes do PT? Não seria melhor deixar aquele placar em 7x4 do que no atual 9x2? Não é melhor a liberdade? Não seria melhor não ter que se preocupar com censura (com Bolsonaro) do que ter (com "Lulu")?
Não seria muito melhor continuar não doando bilhões para ONGs picaretas, empresas jornalísticas, artistas amigos e ditaduras também? Não seria ainda mais interessante não correr nenhum risco de avançar no rumo de uma delas, com "conselhos populares" ou tudo aquilo que o partido-quadrilha já tentou?
O problema é que os comentaristas a quem seriam dirigidas essas perguntas nunca as respondem, limitando-se a repetir asneiras como as mencionadas no início. E agora não poderão responder mesmo que queiram porque foram bloqueados (em princípio, temporariamente).
Isso não tem nada a ver com opinião divergente, o Fernandes ficou nos zoando ontem, o Revolucionário apareceu e também zoou, até o Neo deu as caras à noite. Seria mais correto dizer que tem a ver com a falta de opinião sustentável e a tentativa de substituí-la por um acúmulo desproporcional de citações.
O sujeito acha que foi Bolsonaro quem soltou o larápio? Diga como. Pensa que outro se daria melhor que ele? Diga quem. Mas não só não diz como fica repetindo infinitamente a mesma coisa. Outro quer expor sua coleção de prints antigos! Um terceiro se apega a um tema e fica copiando todo artigo que encontra sobre ele.
E isso não é aleatório, é constante, poluindo a área de comentários com um "comportamento inconveniente" que sempre esteve entre os motivos para eventuais exclusões. Os avisos foram dados e a tolerância foi muito além da necessária. Se estão dispostos a esculhambar, que procurem outro lugar para fazê-lo.
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