O elevado número de irregularidades encontrado pela Polícia Federal nas poucas ações de ontem permite imaginar que o seu total foi muito maior e tanto o transporte ilegal de eleitores como a compra de votos podem ter sido decisivos numa eleição decidida por margem mínima, com menos de 2% de diferença entre os candidatos.
Dinheiro vivo para essas aquisições não faltaria. Afinal, estamos falando de um grupo político que, além de solidamente apoiado pelo crime organizado, fez um caixa considerável em sua passagem anterior pelo governo federal e repetiu o feito durante a pandemia através dos seus governos estaduais.
Mas o que mais chama a atenção não é a diminuição da abstenção, na ordem de 1% do eleitorado. O número que destoa inteiramente do obtido nas últimas eleições é o de votos nulos e brancos. Em 2018, por exemplo, eles atingiram 7,46% do total de eleitores. Este ano caíram para menos da metade: 3,64%.
Se você estava imaginando em que ponto a programação da urna teria sido fraudada, talvez a resposta sempre tenha estado aí, onde nunca houve risco dos eleitores do candidato escolhido para perder viessem a reclamar de um súbita diminuição de seus votos em alguma seção.
Quem anulou ou votou em branco está pouco se importando se a sua decisão foi registrada ou não. E face à enorme campanha de Antagonistas e que tais pela anulação, seria de se esperar que esse percentual aumentasse, não o inverso. Os tais "isentões" podem ter colaborado mais do que pensam com o lulopetismo bolivariano.
Isso vai gerar alguma contestação mais forte? Provavelmente não, o plano foi armado para que nenhum evento isolado tivesse o poder de causar uma indignação explosiva. Depois que a descondenação irregular do criminoso - a fraude primordial - foi passivamente aceita pela sociedade, tudo se tornou possível.
Afora isso, o lulopetismo contou, como sempre, com o prestimoso auxílio da ignorância e da desinformação. Cerca de 7% do nosso eleitorado é composto de analfabetos totais. Some-se a isso o número de funcionais e você terá um exército que desequilibra a eleição a favor do partido-quadrilha e desaparece a seguir.
Voltamos assim a uma situação como a de 2014, quando quem venceu nas urnas (fraudadas ou não) foi o grupo amplamente minoritário na vida quotidiana. E agora a situação é muito mais grave porque a diferença foi ainda menor e a minoria que retoma o governo fará de tudo para não mais deixá-lo.
Foi-se a esperança de termos um STF menos politizado e mais imparcial, com quatro ministros de um lado e sete do outro. O placar continuará em 9x2 para os inimigos da liberdade. E se na oposição eles já fizeram barbaridades que vão da censura às prisões arbitrárias, sabe-se lá o que virá com o Executivo ao seu lado.
Os tempos não são bons. A incompetência, a roubalheira e a tendência à tirania estão por voltar, com sangue nos olhos e a arrogância que as caracteriza, ao poder. Nós, meros cidadãos, pouco podemos fazer por iniciativa própria. A situação deve ficar muito mais difícil a médio prazo, vamos ver o que vai acontecer.
Por fim, nossos parabéns aos patetas que, mesmo sabendo de tudo isso, se esforçaram o quanto puderam para boicotar a possibilidade de deixar aquele passado negro (ou vermelho) para trás. Perdidos em suas pequenas vaidades, dedicando-se a atacar quem buscava essa superação, colocaram a corda no próprio pescoço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário